terça-feira, 10 de abril de 2018

Censo de 1831 - Análise comparativa para a confirmação ou negação da hipótese em estudo.

- Atualizado aos 19 de Maio de 2022 -
Muito se tem falado sobre as possíveis ligações de indivíduos de um ramo de família com outros indivíduos de diferentes ramos, por reunir similaridades de nomes, locais, etc. Tais ligações, sem observar o princípio lógico da constatação científica, posteriormente verificam-se inconsistentes e fazem o estudioso perder meses e até anos de trabalho.

A 1ª lição a ser aprendida é aquela em que o estudioso deve negar a premissa, ou seja, possibilidade de parentesco, entre os pesquisados até que esta negativa possa ser considerada Verdadeira ou Falsa. Isso pode demorar dias, meses ou anos de estudos.

Uma das fontes primárias de pesquisas é o Censo de 1831 (descrito no Projeto Compartilhar - Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira), muito conhecido entre os genealogistas amadores e profissionais.

No entanto, após análises comparativas em diversos Inventários e Arrolamentos, constatamos haver uma diferença de até 03 (três) anos nas idades dos indivíduos pesquisados por aquele Censo de 1831.

Vejamos o caso concreto dos filhos de Francisco de Salles Teixeira Naves - ou Francisco Teixeira de Almeida Naves_1 - o Francisco Naves (este, primogênito do patriarca João Naves Damasceno Cc. Anna Vittoria de São Thomé) casado com Ignácia de Santana Pedrosa - ou Ignacia Pedrosa Miquelina - ou Ignácia Michelina ou Ignácia Dias de Oliveira, em especial o terceiro filho nomeado no Censo de 1831, "Bernardo de Sales".

Bernardo foi recenseado em 1831 como: "dependente - (sexo) masculino - (cor) branca - (idade) 14 - solteiro". Vide tabela no quadro abaixo.

Desta forma, considerando a possibilidade de diferença de 3 (três) anos na idade recenseada, Bernardo no Censo de 1831 estaria com a idade (ajustada) entre 11 anos e 17 anos, no máximo.

De outro lado, como exemplo de pesquisa, citaremos o caso de Bernardo José Naves casado em 1ªs núpcias com Francisca de Jesus - a Francisca Maria do Nascimento; e, em 2ªs núpcias com Polcina Maria de Jesus; com geração em ambos matrimônios.

Houve algumas sinceras abordagens no sentido de "conectar" este Bernardo José Naves como filho de Francisco de Salles Teixeira Naves - ou Francisco Teixeira de Almeida Naves_1 - o Francisco Naves (n~1782 - f.1832) Cc. Ignácia de Santana Pedrosa - ou Ignacia Pedrosa Miquelina - ou Ignácia Michelina ou Ignácia Dias de Oliveira (n.1793). No entanto, até 10 de abril de 2018, discordávamos, pois tal ligação de parentesco se mostrava, até então, prematura e desprovida da certeza de nexo causal, exceto por determinada predominância de homônimos. Todavia, compartilhando conhecimentos com demais genealogistas da família, Osvaldo Naves Pereira Coelho, Jales Rodrigues Naves, Nilson Naves, entre outros, por esta via o entroncamento foi realizado com sucesso.

Se não, vejamos.

1 - Conforme Certidão de Óbito, pertencente aos arquivos do primo pesquisador Osvaldo Naves Pereira Coelho, tetraneto de Bernardo José Naves, nascido em Perdões/MG, aos 1812, falecido na idade de 78 anos, aos 10 de outubro de 1890, de  vide imagem abaixo,

 Á luz da Certidão de Óbito (imagem acima), Bernardo José Naves estaria com 19 anos, e não com 14 anos conforme apontou o Censo de 1831.

2 - Em mesma Certidão de Óbito, Francisco Naves casou com Ignácia Pedrosa de São José.

De mesma forma há ocorrências de homônimos, com datas discrepantes:

2.1. - Ignácia Naves de São José (n.1853 - f.08.05.1904) Cc. José Francisco Naves;

2.2. - Ignacia Naves de São José - ou Ignácia Naves de Souza Cc. Joaquim Francisco Naves (pais de Francisco Naves de Sá - ou Francisco de Salles Naves - ou Francisco Naves Salles (n.1888 - f.20.09.1937, em Franca/SP);

2.3. - Ignacia Pedrosa Naves (filho do tenente Joaquim Maximiano Naves Cc. Maria Justina de Souza) casou em São Sebastião do Paraiso/MG, aos 12/07/1875, com seu primo Joaquim Francisco Naves (filho de José Francisco Naves Cc. Escolástica Esméria Naves).

Como acima relatado, para simples demonstração de como os nomes se repetem por diversos ramos familiares em diferentes gerações, não é nosso intuito negar possíveis conexões entre os ramos; como também não é a nossa intenção aprovar, de plano, ligações que não se fizeram comprovar por dois ou mais nexos causais.

Sendo assim, procuramos mais evidências e fatos que possam afirmar ou negar as hipóteses acima relatadas.
NOTA DO EDITOR:
Abilon Naves
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