sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Genealogia – Literatura: Família Naves doa livros ao Instituto Histórico Brasileiro

Foto: Jales Naves entrega os livros a secretária Tupiara do IHGB, ao lado do historiador Jales Mendonça e Iara Mendonça (Foto de Taquinho).

*Transcrição

Mais antiga e tradicional entidade de fomento da pesquisa e preservação histórico-geográfica, cultural e de ciências sociais do Brasil, fundada em 2 de outubro de 1838, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sediado no Rio de Janeiro, ganhou duas novas obras. “A história da família Naves no Brasil”, das professoras Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes, da Universidade Federal de Uberlândia, e “Arvore genealógica da família Naves brasileira”, do economista Nilson N. Naves. Os livros foram doados pelo co-autor dos dois trabalhos, escritor Jales Naves, ao participar da posse do novo sócio correspondente do IHGB, historiador Jales Guedes Coelho Mendonça, no dia 15 deste mês. As obras foram entregues à secretária da instituição Tupiara Machareth Ávila Dias.

Uma das mais completas do país, a Biblioteca do IHGB reúne, desde a fundação do Instituto, livros, folhetos, periódicos e outras publicações impressas, dos séculos XVI ao XXI. Inclui coleções doadas por sócios e bibliófilos, como a Biblioteca Americana de von Martius e a Coleção Teresa Cristina, dedicadas pelo imperador Pedro II. Na coleção bibliográfica destaca-se, por exemplo, a primeira edição do “Epitome de la Biblioteca Oriental i Occidental”, de Léon Pinelo (1629), que apresenta a mais antiga bibliografia brasiliana de que se tem notícia, arrolando obras de autores como Thevet (1561), Léry (1578), De Bry (1592) e d’Abbeville (1614) – todas disponíveis nessa coleção.

Instituto

O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi criado por proposta apresentada à Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN) pelo marechal Raimundo José da Cunha Matos e pelo cônego Januoário da Cunha Barbosa. Em 21 de outubro de 1838 foi realizada, em sala do Museu Nacional, assembleia de fundação da nova instituição acadêmica, sendo os 27 associados fundadores letrados, políticos, servidores de estado, militares, desembargadores, professores e um padre.

Em sua fundação, o IHGB definiu como uma de suas principais finalidades reunir documentos da história e geografia do Brasil, constituindo uma das mais significativas e variadas brasilianas do país. Para a gestão da Coleção IHGB, foram criados o Arquivo, a Biblioteca e o Museu como setores técnicos da instituição.

Ao longo de sua história, o IHGB segue atualizando a sua missão de pensar o Brasil e reunir documentos da história e geografia do país.

Arquivo

O Arquivo do IHGB reúne documentos escritos avulsos variados, arquivos pessoais e privados, além de uma rica coleção de cartografia e iconografia da história do Brasil. No conjunto, destacam-se cinco arquivos presidenciais (Manuel Deodoro da Fonseca, Prudente de Morais, Epitácio Pessoa, Rodrigues Alves e Emílio Garrastazu Médici) e vários arquivos de personalidades da política nacional, de escritores e intelectuais.

Além disso, encontram-se documentos significativos, como atlas e mapas aquarelados do século XVII e a partitura autógrafa original do Hino da Independência, de autoria do imperador Pedro I, assim como os diários de André Rebouças e os cadernos de campo de Euclides da Cunha.

Vale mencionar ainda o conjunto de documentos reunidos relacionados à história das colônias portuguesas na África, Ásia e Oceania e suas relações com o Brasil e o tráfico transatlântico de escravizados. Atualmente, a coleção fotográfica do IHGB vem sendo tratada e digitalizada pelo portal da Brasiliana Fotográfica.

Em 2015, o IHGB foi distinguido com o registro internacional do Programa Memória do Mundo da Unesco, com o conjunto de documentos intitulado “A Guerra da Tríplice Aliança: representações cartográficas e iconográficas”.

*Editora Naves -
https://editoranaves.com.br/familia-naves-doa-livros-ao-instituto-historico-brasileiro/

O livro “A história da família Naves no Brasil (1655 a 1945)”, de autoria dos escritores Jales Naves, Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes, já falecida, “é valioso”, na opinião do presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, escritor Jales Guedes Coelho Mendonça. Autor do prefácio, ele explicou que a obra não deve ser apenas lida e estudada atenciosamente, “já que doravante torna-se fonte obrigatória de consulta para os interessados na matéria, como ainda estimula várias outras famílias a igualmente divulgarem sua trajetória”.

O livro começou a ser comercializado pelas redes sociais, com a indicação do pix ou conta para envio do valor e do endereço para remessa do exemplar. “Fizemos como o escritor Pedro Gomes que, assalariado e sem condições de pagar a gráfica, surpreendeu a todos com sua obra impressa. Ao ser indagado, revelou como conseguiu realizar a proeza: fez um exemplar, que mostrou a amigos e conhecidos, explicando que precisava de recursos para a gráfica e as pessoas, prontamente, fizeram a compra antecipada e pagaram, viabilizando a sua obra”, afirmou Jales Naves.

A obra, da Editora Naves, tem 260 páginas, é fartamente ilustrada, com fotos e mapas genealógicos, e pode ser solicitada pelo WhatsApp: 62 99975 4664.

Memória

No prefácio, Jales Mendonça cita o consagrado pensador Paul Ricoeur, em sua obra “A memória, a história, o esquecimento’, da Editora da Unicamp, de 2007, ao ensinar que a pesquisa nos arquivos representa o “trabalho duro” do historiador, além de sua garantia mais segura para a reconstituição verossímil do passado.

“Inspirados certamente no ensinamento do intelectual francês”, como ressaltou, os autores não mediram esforços em vasculhar diversos acervos, sobretudo eclesiásticos, judiciais e cartoriais, no afã de remontarem, com a maior fidedignidade possível, a trajetória dos Naves no país. Nesse sentido, registraram logo no início do estudo: “para chegar a essa certeza de que João de Almeida Naves foi o primeiro a chegar ao Brasil trabalhamos mais de 30 anos de buscas, questionamentos e análises”.

A investigação divide-se em seis capítulos, sendo que os quatro primeiros estão praticamente centrados na figura do patriarca da família no Brasil, João de Almeida Naves. Nascido em Portugal, em 1624, ele se transferiu para a América Portuguesa 20 anos mais tarde, estabelecendo-se primeiro em São Paulo, onde contraiu núpcias com a jovem Maria da Silva Leite, brasileira, e depois em Santana do Parnaíba, hoje integrando a região metropolitana da capital paulista; o casal teve 10 filhos.

O livro analisa os testamentos e inventários do pioneiro, “fontes relevantes para a compreensão dos fatos pretéritos”, como sublinhou o Presidente do IHGG. “Extrai-se do texto que os autores Jales e Maria Helena compilaram o impressionante número de 41 autos dessa espécie, mencionando suas referências e os arquivos percorridos na bibliografia”.

No campo processual sucessório, “descortinam-se os costumes, a mentalidade, o poder da Igreja Católica e a força da escravidão na sociedade nos séculos XVIII e XIX. Ademais, a morosidade do sistema de Justiça é igualmente retratada na medida em que, mesmo sete anos após a morte de João de Almeida Naves a partilha entre os herdeiros ainda não chegara ao seu fim, o que, aliás, parece nunca ter ocorrido”, completou.


Foto - Editora Naves: Jales Guedes Coelho Mendonçapresidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e, à direita, Jales Rodrigues Naves, autor da obra.

NOTA DO EDITOR: Reprodução autorizada desde que citada a fonte.
Abilon Naves
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