segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O bandeirante Domingos Jorge Velho

Benedito Calixto foi um dos pintores que melhor retrataram cenas da História do Brasil. Baseado em pesquisas históricas, ele recriou a figura do bandeirante Domingos Jorge Velho, junto com seu ajudante-de-campo, nesta tela de 1903, com 140x100 cm, pertencente ao acervo do Museu Paulista (antigo Museu do Ipiranga, situado na capital paulista):



Numa edição especial comemorativa do cinqüentenário do jornal santista A Tribuna, esse jornal publicou, em 26 de março de 1944 (grafia atualizada nesta transcrição):

Domingos Jorge Velho - O vencedor dos Palmares



Benedito Calixto, o excelente pintor santista, em princípios de 1903, expôs, na capital, duas telas encomendadas pelo governo do Estado de São Paulo, a fim de figurarem no Museu do Ipiranga. Uma destas telas retratava o bandeirante Domingos Jorge Velho, vencedor do célebre quilombo dos Palmares. A outra retratava Vicente Taques Góis e Aranha, que fora capitão-mor em Itu, de 1779 a 1825.


A propósito dessa primeira tela, curioso documento encontramos em o Diário de Santos, edição do dia 1º de março de 1903, assinado pelo dr. A. de Toledo Piza, diretor do Arquivo Público do Estado de São Paulo e subordinado ao título Os Palmares.


É uma página muito interessante, ilustrando primorosamente o critério artístico de Benedito Calixto. Estamos certos de que os nossos leitores apreciarão devidamente as afirmativas e os conceitos emitidos na interessante página que abaixo publicamos:

Os Palmares


Durante a invasão holandesa no Norte do Brasil, muitos escravos de Pernambuco, Alagoas e vizinhanças fugiram das fazendas e, retirando-se para o sertão, fundaram uma povoação conhecida na história com o nome de "Palmares", no sertão do atual Estado das Alagoas, entre os anos de 1624 e 1654.


Durante a guerra contra os holandeses, cerca de trinta anos tiveram os negros quilombolas, tempo bastante para fundar e fortificar a sua povoação, e fazê-la próspera: pela aquisição de muita gente de cor, recrutada nas fazendas de beira-mar e capitanias vizinhas.


Expulsos os holandeses, entenderam os pernambucanos que era tempo de dar cabo da República dos Palmares, cuja população era calculada em cerca de 30.000 almas.


Várias expedições enviadas para esse fim tiveram maus resultados e o governador de Pernambuco julgou acertado contratar o serviço da destruição dos Palmares com Domingos Jorge Velho, famoso sertanejo paulista, muito conhecedor dos sertões do Brasil.


O contrato data do ano de 1687, porém só em 1694 é que a praça foi tomada, depois de cerco regular e de uma luta cheia de peripécias. Milhares de negros preferiram suicidar-se a se entregar ao vencedor, que os reduziria ao cativeiro; mas, ainda assim, os despojos foram grandes, os prisioneiros numerosos, e Domingos Jorge Velho voltou a São Paulo, cheio de glórias e de riquezas, falecendo em Parnaíba, sua terra natal, pelo ano de 1714.


O governo do Estado pretende enriquecer o Museu do Ipiranga com um quadro comemorativo deste notável feito de armas do famoso sertanejo paulista; mas, por enquanto, encomendou somente ao pintor santista Benedito Calixto o retrato do vencedor dos Palmares.


Para bem se desempenhar da tarefa que lhe foi incumbida, Benedito Calixto dirigiu cartas ao dr. Teodoro Sampaio e a mim, consultando-nos sobre a melhor forma de representar a pessoa do herói paulista - se como militar e mestre de campo que era ou se como sertanejo, sendo a carta a mim dirigida extensiva também ao dr. Washington Luiz Pereira de Sousa, moço hábil e muito conhecedor de nossa história colonial.


As respostas dadas a Benedito Calixto constituem documentos valiosos para a nossa história pátria, e, por isso, vou reproduzi-las, começando pela do dr. Teodoro Sampaio:


"Meu caro sr. Benedito Calixto.


Saúde. Respondo agora à sua carta de 24 do corrente, relativa à consulta que o amigo me faz sobre o modo de mais propriamente caracterizar o tipo de Domingos Jorge Velho, o vencedor dos Palmares.



Estou de acordo com o esboço do quadro projetado, e com o modo de representar a figura do famoso paulista. Um quadro histórico referente a uma data tão remota, da qual poucas informações precisas e minuciosas temos sobre o trajar dos homens, tem de ser, por via de regra, uma coisa convencional e aproximada, reproduzindo um pouco do que se sabe ao certo e um pouco dos costumes da época que mais se lhe aproxime.


Ora, não é de crer que Domingos Jorge Velho se apresentasse a batalhar com os seus mamelucos caracterizado como um mestre de campo. De certo, a parte decorativa equivalente ao seu posto militar não foi exibida na ação. Nós temos exemplo disso, bem perto de nós, na guerra do Paraguai e na última revolução do Rio Grande: nenhum general se apresentava em campo com a sua farda; timbravam quase sempre em se apresentar à gaúcha.


Num quadro histórico, porém, não há só a considerar a verdade ou realidade do fato; há também a parte propriamente artística ou de efeito estético, há a lição de coisas.
Caracterizando o vulto de Domingos Jorge Velho como trajava qualquer sertanejo mais abastado ou "a bandeirante", não se conseguirá do quadro a demonstração ou a idéia que se tem em vista alcançar.


É mister, portanto, sacrificar um tanto a realidade à ficção, no intuito de se conseguir maior força de expressão.


Acho, pois, acertada a sua resolução de caracterizar o famoso vencedor dos Palmares pelo modo pelo qual m'o descreveu.


Muito folgo em saber que o retrato de Anchieta agradou muito e não tenho expressões com que louvar a resolução do dr. Bento Bueno, que tão inteligentemente está fazendo representar na tela, por pintores paulistas, os feitos gloriosos dos filhos de São Paulo.
Bem haja.


Adeus; disponha sempre do seu amigo e admirador - Teodoro Sampaio.
São Paulo, 27/11/1892".


O dr. Washington Luís, a quem transmiti o pedido de Benedito Calixto, não se demorou em dar o seu parecer, e como ele pertence, por casamento, à família de Domingos Jorge, a sua opinião é muito valiosa e as suas informações são tão minuciosas e precisas que, no meu entender, resolvem completamente as dificuldades da matéria.
Dou abaixo a íntegra da sua preciosa carta:

"Ilmo. sr. Benedito Calixto.


O dr. Antonio Piza teve a bondade de mostrar-me uma carta, em que v.s. pede minha opinião, por escrito, sobre Domingos Jorge Velho e a destruição dos Palmares.
A minha competência sobre o assunto é bem limitada e por isso minha opinião para bem pouco servirá.



Como quase todos os pontos da nossa história, esse acha-se tão confuso, tão vago, tão indefinido, que só um estudo especial poderia precisá-lo, lançando-lhe alguma luz. O seu maior interesse, porém, refere-se a Domingos Jorge Velho.


Hoje parece-me muito difícil, senão impossível, determinar com exatidão se Domingos Jorge, na ocasião da tomada dos Palmares, vestia a farda de mestre de campo das tropas regulares portuguesas ou se trajava o vestuário clássico do sertanista de São Paulo, conquistador dos índios e devassador do sertão.


Neste particular só podemos caminhar por conjeturas.


Que Domingos Jorge Velho era mestre de campo não há que duvidar, mas que ele o era de um "terço de paulistas" é também fora de dúvida. E quem diz "terço de paulistas" entende tropas não regulares, no sentido de não estarem a soldo da metrópole portuguesa, o que é confirmado pelo contrato feito entre Domingos Jorge e o representante da metrópole para a destruição dos Palmares, quando, para tal fim, se ele fosse militar assoldado, comandando soldados pagos, bastaria uma simples ordem superior.


Ele poderia, pois, estar fardado ou trazer o costume habitual do sertanista, dependendo isso de suas posses, de sua educação, de seu temperamento, de seu modo pessoal de ver as coisas, de sua tendência para a ostentação ou para a simplicidade, da impressão que quisesse produzir nos seus e nos alheios soldados, caso nisso pensasse.


A riqueza, na capitania de S. Paulo, se tornou comum depois do descobrimento e exploração das minas, posterior, quanto à abundância, ao fato que nos ocupa, se bem que naquele tempo já houvessem grandes fortunas, que em alguns se traduziam por fausto.


O principal luxo do paulista antigo revelava-se na hospitalidade, nas copas de prata, pesando arrobas, nos lençóis de Bretanha, nas colchas da Índia, no número de armas de seu séqüito, na fundação e ornamentação de capelas etc., mas em geral, os ricos localizados nas povoações ou nas suas fazendas disputavam os cargos da governança e só deixavam a tradição da riqueza.


Domingos Jorge Velho não teria herdado grandes cabedais e, se deixou grandes bens de fortuna, esses foram acumulados pela força do seu braço, na cativação dos índios e na conquista de terras.


A julgar pelos feitos de que temos notícias, Domingos Jorge foi o tipo acabado do sertanista paulista; partido de São Paulo, o melhor da sua vida consumiu ele talando o sertão, cruzando o moderno Piauí, de que foi um dos descobridores, e o centro da Bahia, em luta constante e bravia com o indígena selvagem.


Essas travessias ousadas eram feitas a pé, por um sertão agreste e desconhecido, duravam dois, três e até seis anos, e diminuta e às vezes nenhuma era a bagagem dessa gente, que se alimentava da caça, pesca e mel que encontrava, e, muitas vezes saciava a sede chupando raízes das árvores. As matas e os rios eram as suas hospedarias.


Essas expedições, que tanta glória deixaram a São Paulo e que de tanto valor foram para a constituição geográfica do país, eram nesse tempo feitas para a cativação de índios.
Na destruição dos Palmares, embora visassem a glória que redundaria para o nome paulista, tinham o incentivo da cativação de muitos milhares de negros.


Nesse mister semi-bárbaro, em tempos de costumes pouco brandos, em que por ventura se comprazia o seu temperamento, se fez Domingos Jorge.


O seu "terço" se compunha de homens de todas as classes da capitania, inclusive muitos índios, que se vestiam conforme suas posses e posição. Entre eles não havia uniforme e de S. Paulo seguiram para Palmares, na moderna Alagoas, provavelmente por terra, segundo o costume, sofrendo naturalmente todas as provações e vicissitudes de que o sertão era fértil para aqueles que o freqüentavam.


O cerco e, conseqüentemente, a destruição dos Palmares durou meses, em um sertão sem recursos, bravio e descaroável.


Por temperamento, pelos hábitos e educação, pelas próprias condições dessa guerra singular, Domingos Jorge não poderia estar vestido de sedas e veludos; não se distinguiria pelo fausto do vestuário, mas pela bravura, energia, tenacidade, resistência ao sofrimento, desprezo ao perigo.


Ele deveria estar, sem dúvida, com o vestuário clássico do sertanista, do bandeirante, que, em resumo, é o tipo glorioso de São Paulo.


Fardado de mestre de campo das milícias portuguesas, não obstante ter nascido na Capitania de São Paulo, Domingos Jorge Velho seria uma glória portuguesa; vestido como vestiam os sertanejos, ele, embora colono de Portugal, é uma glória paulista.


Domingos Jorge, nessa época, era um homem de 70 anos de idade, mais ou menos, pois em 14 de novembro de 1643 já tinha batizado seu filho Salvador*.


Era alto, robusto, de uma aparência imponente, tinha os cabelos ruivos, cortados rente, os olhos azuis, o rosto comprido, alvo, corado na pequena parte que não era coberta pelo espesso bigode e comprida barba ruiva que lhe descia ao peito.


O seu imediato em comando, o sargento-mor Antonio Fernandes de Abreu, era meão de altura, pescoço curto e grosso, ombros largos, corpo reforçado; a cabeça era bem feita, a testa um tanto saliente, os olhos pequenos e vivos, os bigodes aparados. No cuidado com que se vestia e tratava e nas suas mesmas ações, via-se que caprichava em mostrar um soldado escravo da disciplina.


As indicações relativas ao físico de Domingos Jorge Velho e de Antônio Fernandes de Abreu, encontrei na obra do dr. Joaquim de Paula Sousa, descendente daquele, intitulada "Os Palmares". É um romance histórico, no qual o autor se cingiu estritamente à verdade nas suas descrições.


Estou informado que o dr. Joaquim de Paula Sousa consumiu muito tempo nas suas indagações e obteve estes apontamentos, em grande parte, dos amigos moradores de Itu, que tinham razão de saber porque repetiam o que tinham ouvido de seus maiores, numa tradição constante e uniforme.


Em todo o caso, v. s. dar-lhes-á o valor que entender.


Desejo sinceramente, e estou certo da realização do meu desejo, que a perpetuação de uma glória paulista seja para v. s. também uma glória, o que é fácil a quem tem sabido conquistar um justo renome a golpes de talento e trabalho.


Apesar de ter querido ser breve, já vai esta muito longa, o que será desculpado a quem se confessa seu admirador obrigado - Washington Luiz.


São Paulo, 3-1903".


  • * Nota do Editor do Blog Família Naves:
 Na carta-resposta do dr. Washington Luiz Pereira de Souza, acima reproduzida, o mencionado Salvador, filho de Domingos Jorge Velho.

"O bandeirante Salvador Jorge Velho foi o maior Bandeirante de Itu [Itaici/Indaiatuba] descobridor de Cuiabá e fundador das 20 aldeias do triângulo mineiro, dando origem as atuais Uberaba (MG) e outras."                                                                                                                                            (Pesquisador Leo Godoy Otero)


Como vêem os leitores, em fundo estão de pleno acordo ambos os distintos cultores da história nacional, entendendo o dr. Teodoro Sampaio que, na forma, é lícito ao pintor, como ao poeta, sacrificar um pouco a realidade à ficção, para mais impressionar o público pelo efeito estético do quadro.
Benedito Calixto, entretanto, cingiu-se o mais possível à realidade histórica na pintura do seu quadro, e hoje podemos nos orgulhar vendo reproduzido o vulto imponente do grande sertanejo paulista, na galeria do Museu do Ipiranga.

A. de Toledo Piza.

Imagem in CD-ROM Benedito Calixto - 150 anos,editado em 2003 pela Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos/SP


Quadro esquemático de parentesco entre
Domingos Jorge Velho (1614 - 1670) e
João de Almeida Naves (antes de 1627 - 1715):









As relações entre JOÃO DE ALMEIDA NAVES e o Patriarca JOÃO NAVES DAMASCENO cc/ ANNA VITTORIA DE SÃO THOMÉ





.
Sargento-Mór de batalha SALVADOR JORGE VELHO“O descobridor das minas de ouro de Curytiba, com fazenda em Parnahyba de 560 carijós.”


Salvador Jorge Velho - (Santana do Parnaíba, em data desconhecida - Santana do Parnaíba, 27 de novembro de 1705) foi um bandeirante paulista.
Foi filho de Domingos Jorge Velho[1] [2]  e de Isabel Pires de Medeiros, esta, por sua vez, filha de Salvador Pires de Medeiros e de Inês Monteiro.




Entre 1679 e 1680, foi descobridor das minas de ouro no ribeirão de Curitiba, as minas conhecidas por seu nome, mesmo tendo-as denominado Nossa Senhora da Candelária ou minas de Nossa Senhora da Conceição. Tornou a voltar a essas minas em 1699 com o irmão Simão Jorge Velho, Pascoal Moreira Cabral, Miguel Sutil de Oliveira, Manuel Correia Lopes e outros.
Casou-se, em 1671, com Margarida da Silva, filha de Pascoal Leite Pais e falecida em 24 de junho de 1726 em Parnaíba.



Prestou relevantes serviços à coroa de Portugal, pelo que mereceu receber uma honrosa carta, firmada pelo real punho em 1698. Foi muito opulento, possuindo fazendas de cultura em Parnaíba, móveis de ouro e prata, além de quinhentos e sessenta índios carijós, cuja administração lhe passou por herança de sua tia Agostinha Rodrigues.



Ao morrer, em 1705, deixou onze filhos, um dos quais foi o Capitão Domingos Jorge da Silva. Era seu genro Baltazar de Lemos de Morais Navarro, também bandeirante.
Silva Leme estudou sua família no volume VIII pág 363 ( Título Jorge Velhos) da «Genealogia Paulistana»



Dos onze filhos de Salvador Jorge Velho cc/ Margarida da Silva (N. 1650 – M. 24.06.1726) destacamos os irmãos: 1 - Maria Jorge Velho cc/ Capitão-Mór Francisco Bueno Luiz da Fonseca (também conhecido por "Francisco Bueno Feio"); e 2 - Capitão Francisco Jorge da Silva cc/ Anna Ribeiro (“Bicudo” e “Almeida Naves”), pela sua relação direta com a família NAVES.



1


Maria Jorge Velho cc/ Capitão-Mór Francisco Bueno Luiz da Fonseca (também conhecido por "Francisco Bueno Feio")


Segundo Silva Leme, Genealogia Paulistana Vol 1º, 433, 2-2: Francisco Bueno Luiz da Fonseca[3] foi morador em Parnaíba por muitos anos e depois passou-se ao sitio de Vuturuna no Rio das Mortes, onde estava em 1729. Foi casado com Maria Jorge Velho, fª de Salvador Jorge Velho e de Margarida da Silva.



O casal Maria Jorge Velho cc/ Capitão-Mór Francisco Bueno Luiz da Fonseca (“Francisco Bueno Feio”), com geração, um dos quais Bartolomeu Bueno Feio (ou "Bartholomeu Bueno da Fonseca") cc/ Rozalia Pedrosa de Jesus.



Rozalia Pedrosa de Jesus era filha de Manoel Pedroso Ferreira e Maria Josefa de Almeida. Maria Josefa de Almeida nasceu na Freguesia de Santo Antonio da Casa Branca do bispado de Mariana, filha legítima de Pedro Annes Souto e de Apolônia da Silva de Siqueira. Foi casada com Manoel Pedroso Ferreira, proprietários da Fazenda Babilônia junto ao Ribeirão do Veado na Aplicação de Nossa Senhora do Bom Sucesso, por traz.da serra de Ibituruna. Maria Josefa faleceu aos 06-10-1780 com testamento redigido em maio do mesmo ano, onde declarou sua naturalidade e filiação, bem como seu casamento e filhos que teve e também citou “...meu irmão Francisco de Caldas....” a quem devia o que declarasse “o seu Testamenteiro Antonio Pedroso Ferreira”.



Rozalia Pedrosa de Jesus cc/ Bartolomeu Bueno Feio (ou "Bartholomeu Bueno da Fonseca"), tinham as sobrinhas: A - Ignácia de Santana Pedrosa (Michelina) (ou Dias de Oliveira) cc/ Francisco (de Sales) Naves "Teixeira de Almeida Naves" 1_; e B - Mafalda de Oliveira (ou Pedrosa Do Nascimento) cc/ João Brás Dos Reis Naves 2_, ambas filhas de seu irmão João Pedroso Ferreira cc/ Antonia Miquelina (ou Medina ou Marcelina) de Oliveira (esta, fª do Capitão Frutuoso Dias de Oliveira cc/ Teresa Maria de Jesus).




A



, naturais de Lavras do Funil, dos onze filhos, era o primogênito de João Naves Damasceno cc/ Anna Vittoria de São Tomé.




B








2

Capitão Francisco Jorge da Silva cc/ Anna Ribeiro (“Bicudo” e “Almeida Naves”)



Capitão Francisco Jorge da Silva (fº de Salvador Jorge Velho cc/ Margarida da Silva) casou-se em 1707 em Parnaíba com Anna Ribeiro, f.ª de Francisco Bicudo de Brito e de Maria de Almeida Naves. V. 6.º pág. 349 (Luiz Gonzaga da Silva Leme; Genealogia Paulistana, Título Jorges Velhos, Volume VIII - Pág. 361 a 382).

Francisco Bicudo de Brito, casou em 1690 em Parnaíba com Maria de Almeida f.ª de João de Almeida Naves, natural de Portugal, e de Maria da Silva Leite. Faleceu Francisco Bicudo em 1739 em Parnaíba com 70 e tantos anos (Luiz Gonzaga da Silva Leme; Genealogia Paulistana, Título Bicudos, Parte 2, Volume VI - Pág. 341 a 383, Pág. 349).



João de Almeida Naves, n. Vila de Algodres da Serra da Estrela, Bispado de Viseu, Portugal, fct. 1715, Parnaiba (f. de Balthazar Naves e Sebastiana Naves, ambos de Serra da Estrela, Portugal; vide a descendência completa na obra do pesquisador Nilson Naves, in http://carmodacachoeira.blogspot.com/2008/10/joo-de-almeida-naves-e-seus.html), cc/ Maria da Silva Leite, f. de João Nunes da Silva, f. 1639, SP, e Úrsula Pedroso (Cartório de Órfãos de Parnaíba, n. 473, inventário de João de Almeida Naves), com pelo menos (a ordem dos filhos é aleatória): (1.279, 3.82, 147, AS.2.107, BGB.10.119, SL.3.93 e 6.349): Maria de Almeida Naves; Turíbia de Almeida Naves, Izabel da Silva Naves, Joana de Almeida Naves, José de Almeida Naves, Florência da Silva, Úrsula Pedroso (Lênio Luiz Richa; ALMEIDAS NAVES - GENEALOGIA BRASILEIRA - Estado de São Paulo - Os Títulos Perdidos.)



Notas -

[1] Famoso sertanejo paulista, muito conhecedor dos sertões do Brasil, Domingos Jorge Velho, conquistou Palmares em 1694, mediante contrato assinado em 1687 com o governador de Pernambuco, voltou a São Paulo, cheio de glórias e de riquezas, falecendo em Parnaíba, sua terra natal, pelo ano de 1714. Domingos Jorge, nessa época, era um homem de 70 anos de idade, mais ou menos, pois em 14 de novembro de 1643 já tinha batizado seu filho Salvador. Domingos Jorge Velho era parente de Francisco Dias Velho.

[2] Domingos Jorge Velho esteve com seu pai Simão Jorge na bandeira de Antonio Raposo Tavares e foi citado na “Relación de los portugueses que en compañia de Antonio Raposo Tavares...” de 17-9-1629, transcrita nos Anais do Museu Paulista, Tomo II. “Simon Jorge e sus dos hijos”.
Projeto Compartilhar: Domingos Jorge Velho (Notas - Regina Junqueira)

[3] Este “Fonseca” era também grafado “Affonseca” conforme se vê em alguns bandos e provisões passados para o Capitão Manoel Bueno da Fonseca, irmão de Francisco, registrados no Arquivo Geral da Câmara de São Paulo. Dos descendentes de Francisco Bueno e Maria Jorge, encontramos dois filhos e uma neta dentre os primeiros povoadores de Lavras do Funil-MG, onde deixaram geração. (Nota do sítio Projeto Compartilhar - Regina Junqueira e Bartyra Sette)