segunda-feira, 28 de junho de 2010

General José Antônio Mattos Netto - General Zeca Netto - Herói Revolucionário da "Tomada de Pelotas" (1923).

- Atualizado aos 01.10.2014 -

O Gal. José Antônio Mattos Netto é duas vezes pentaneto de João de Almeida Naves e de Maria da Silva Leite.



José Antônio Mattos Netto (1854-1948)

General Revolucionário de 1923
Da esquerda para a direita: Mena Barreto, Estácio Azambuja, Zeca Netto, Honório Lemes, Assis Brasil, Setembrino de Carvalho, Angelo Pinheiro Machado, Leonel Rocha, Felipe Portinho, Chiquenote Pereira, no pátio do Palacete de Pedro Osório, em Bagé, RS


Extraidos do inserido no portal www.militar.com.br, pelo Coronel Cláudio Bento
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
Um ataque de surpresa a Pelotas, ao alvorecer

Em 29 de outubro de 1923,numa segunda feira, no contexto da Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul, que durou 300 dias e contra o Presidente do Estado, Dr. Borges de Medeiros, o General Revolucionário José Antônio Mattos Netto (Zeca Netto), atacou Pelotas, de surpresa, ao alvorecer e a manteve sob seu controle por cerca de 6 horas, sem no entanto dominar a reação governista de contigente do 1 o Corpo Provisório abrigado na Sociedade Agrícola de Pelotas, ao comando do Capitão Orlando Cruz. Sociedade Agrícola (atual Consulati) situada entre a antiga Usina de Bondes da Light e a atual Escola Técnica Federal. Esta, na época, a antiga Escola de Artes e Ofícios que também abrigava um contigente governista do 1o Corpo Provisório da Brigada Militar.

Uma guerra de guerrilha, de cavalheiros, de movimento e psicológica


Vale lembrar conforme escrevemos em Canguçu reencontro com a História que esta revolução possuiu as seguintes características:

A primeira, apelo a tática da Guerra de Guerrilha, a estratégia do fraco contra o forte, aos moldes da Guerra à gaúcha, cabendo aos revolucionários fustigar, inquietar, confundir as forças do governo evitando por tudo serem cercadas e travarem um combate decisivo.

A segunda, a de uma Guerra Psicológica, traduzida pelo exagero das ações militares revolucionárias, quanto aos efetivos em presença, baixas e vantagens táticas e estratégicas sobre forças do governo. Na falta de armas e munições compatíveis para uma ação militar efetiva, Zeca Netto recorreu com a sua auto denominada 4a Divisão do Exército Libertador, à Guerra de Movimento, sempre fintando o adversário e mantendo-se bem informado sobre ele, evitando o combate, para permanecer ao máximo em ação. E conduziu muito bem esta estratégia nas serras dos Tapes e do Herval, ao ponto dos governistas que o perseguiam, sem o encontrar, o tratarem de “Zeca Veado” e os seu correligionários de “Condor da Serra dos Tapes.”


Nas cidades, jornalistas revolucionários através da Imprensa se encarregavam de conduzir esta guerra psicológica, com bem sucedido marketing, e sobre o Governo Central, o do Estado e o povo, exagerando as reais possibilidades e os feitos dos revolucionários, tratados na época de bandoleiros pelo Presidente Dr Borges de Medeiros. E sempre anunciando ataques sobre determinados objetivos que não se concretizavam. Este seria um dos motivos a explicar a surpresa de seu ataque a Pelotas, há 9 dias do Armistício de 7 de novembro e a 49 dias da Paz de Pedras Altas, em 14 dezembro 1923.



A terceira foi uma característica de Guerra de Cavaleiros, em contraposição a Guerra de Bárbaros, a Guerra Maldita, a Guerra da Degola que havia sido a Revolução de 93, da qual foram veteranos, como governistas, ao que se sabe Zeca Netto, Juvêncio Lemos, Orlando Cruz e Francisco Vernetti e que serão aqui focalizados

Um retomada das tradições de Firmeza e Doçura, degoladas em 1893

19/06/1923 - Feridos do segundo combate sobre a Ponte do Rio Ibirapuitã, Alegrete. Luta travada ente as forças revolucionárias (maragatos) e as forças legalistas do Governo do Estado (chimangos):

Em 1923 seus líderes procuraram, ao máximo, no combate e na tribuna, honrar as tradições farroupilhas de Firmeza e Doçura, representadas no brasão farrapo por dois amores perfeitos que assim se traduziam. Em combate ou na tribuna, lutar com Firmeza, traduzida por bravura e garra .E depois do combate, Doçura, traduzida pelo respeito, como religião à vida, à família, à honra e a propriedade do vencido inerme. E em Pelotas isto se caracterizou em alguns casos como se verá.


Zeca Netto reedita em Pelotas ações de seu tio e ídolo militar General Netto

Zeca Netto nesta 3a tentativa, agora bem sucedida, de atacar Pelotas, reeditava, assim, feito de seu tio, General Antônio de Souza Netto que na Revolução Farroupilha, 87 anos antes, havia conquistado Pelotas, com a sua Divisão Liberal, depois da vitória de Seival, em 10 de setembro de 1836 e Proclamação da República Riograndense, no dia seguinte, em Campo do Menezes.

Divisão Liberal integrada por transformação do Corpo de Guardas Nacionais de Piratini, constituído por forças mobilizadas neste município em seus distritos da época de Bagé, Canguçu e Cerrito, e reforçada pelo Corpo de Lanceiros Negros Farrapos. Estes em grande parte mobilizados nas charqueadas de Pelotas.

Divisão Liberal que em Pelotas acantonou no recém inaugurado Teatro Sete de Abril. Na ocasião Antônio Netto prendeu o Major Manoel Marques de Souza, futuro Conde de Porto Alegre, em sobrado na esquina seguinte do Clube Caixeral, na rua Félix da Cunha, depois de ameaçar o explodir com um barril de pólvora, o enviando preso para Porto Alegre, no barco prisão Presiganga, de onde mais tarde escapou e liderou a retomada definitiva de Porto Alegre aos farrapos.

Zeca Netto, era filho de Rafaela Mattos e de Florisbelo de Souza Netto, sobrinho paterno do General Antônio Netto e sobrinho materno do Tenente Coronel honorário do Exército Theóphilo de Souza Mattos, que comandara um Corpo da Guarda Nacional de Canguçu na Guerra do Paraguai e que no ataque a Pelotas, em foco, alguns de seus netos acompanharam o primo Zeca Netto.

Conquistar Pelotas um antigo sonho do General Zeca Netto

Conquistar Pelotas, a 2a cidade do Estado e centro de operações do Governo do Estado fora um objetivo visado em três ocasiões pelos revolucionários para chamar a atenção do Brasil para a causa pela qual lutavam e tentar assim uma intervenção federal no Estado. Pelotas era um local com muitos adeptos a causa revolucionária e a ela forneciam armamentos, munições e informações preciosas sob o dispositivo defensivo militar governista. Informações que permitiram a Zeca Netto, desta vez, planejar e executar seu ataque sobre os objetivos que conhecia em detalhes. E julgam alguns com reforços recebidos em Pelotas no dia do ataque. E com a indiferença de muitos defensores de Pelotas, inclusive do intendente Cel Pedro Osório de que era mais uma ameaça de Zeca Netto como as duas anteriores a não se concretizar.

Entre atacar Bagé ou Pelotas segundo Zeca Netto, em suas Memórias, sua decisão se baseou nas seguintes considerações estratégicas:

“Bagé é uma praça de guerra e ponto de defesa de nossas fronteiras desde os tempos do Brasil Colônia. E Pelotas é uma cidade central e comercial e que se encontra no momento sem defesa .Pois quem a defende com suas metralhadoras é o Ten Cel Emílio Massot que por ordem superior seguiu para a região serrana para completar o cerco da força do General Honório Lemos.”

Pelotas ficara então defendida por uma ala do 1o Corpo Provisório da Brigada Militar comandada pelo Major Aldrovando Leão, ex sargento do Exército que cursara a Escola de Sargentos . O vice intendente do 1 o distrito de Pelotas era o Tenente Francisco Jesus Vernetti, comandante da Guarda Municipal. E ambos tombariam mortos na defesa de Pelotas. A defendia também a Guarda Republicana e a Policia Civil.

Os efetivos em presença no assalto e na defesa de Pelotas

Segundo colheu o Cel Aldo Ladeira Ribeiro e publicou em seu Esboço da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, em 1953, inclusive a parte de combate do 1o Corpo de Provisório do Capitão Orlando Cruz que substituiu o Major Aldrovando Leão e, mais o telegrama do intendente Cel Pedro Osório ao presidente do Estado Dr Borges de Medeiros, o efetivo encarregado da defesa de Pelotas era de 121 homens contra, segundo Zeca Netto em suas Memórias (p.100), “seus 250 atacantes bem armados e com 50.000 tiros depois de reforçado, em caminho, no município de Canguçu, com um piquete de 30 homens decididos e valentes ,com 30 fuzis Mauser e 30.000 tiros.’”

Até então a maioria de sua força ,bem montada, trazia como armamento uma variedade enorme do que conseguiram reunir em suas casas. Alguns fuzis antigos, revolveres, armas de caça, facas, adagas, boleadeiras e até lanças improvisadas de madeira de lei, armando alguns piquetes. E mais um bom estoque de cravos de ferraduras para ferrar a cavalhada, o que era feito nas ferrarias ao longo do itinerário por ferradores de sua força.

O efetivo defensivo foi assim distribuído, segundo o Cel Pedro Osório:

“Ala do 1o Corpo Provisório na Sociedade Agrícola 80 homens

1o Posto Policial , atrás da Intendência 13 homens .Comandante Tenente Francisco Jesus Vernetti

2o Posto Policial 6 homens. Chefe comissário Arruda, no porto ao lado da Alfândega

3o Posto Policial 7 homens. Chefe comissário Olímpio, no atual albergue noturno na rua padre Felício.

Efetivo do Corpo de Bombeiros 13 homens, ao comando do Tenente Luís Felipe Abarahy

A Guarnição Federal era constituída pelo 9o Batalhão de Caçadores do Exército que aquartelava no edifício hoje ocupado pelo Batalhão da Brigada Militar e tinha ordem de ficar neutro na contenda, na proteção do patrimônio federal e bancos .Seu comandante era o Ten Cel Arthur Cantalice .

Servia neste batalhão como aspirante, Cícero de Góes Monteiro, irmão do mais tarde General Aurélio de Góes Monteiro, comandante militar da Revolução de 30. Cícero na Revolução seguinte de 32, pereceu em combate no Vale do Paraíba, como oficial do 9o Batalhão de Pelotas, para lá destacado para combater revolucionários paulistas. Ele presenciou, como neutro, o ataque a Sociedade Agrícola de seu observatório na Usina de Bondes.

Surge a oportunidade ideal para o ataque a Pelotas

A oportunidade esperada de tomada revolucionária de Pelotas surgiu no momento em que a 3a Brigada Provisória do Sul, ao comando do Cel Juvêncio Lemos se encontrava em Piratini e o Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho, o Pacificador do século XX,(Revolta do Padre Cícero, Revolta do Contestado e Revolução de 23) e filho de Uruguaiana, enviado pelo Presidente da República, encontrava-se no interior do Estado em gestões positivas visando a Paz de Pedras Altas que terminou de conseguir de forma notável, segundo o Dr Sérgio da Costa Franco, em seu livro A Paz de Pedras Altas.

O violento combate de Canguçu Velho, 2 meses e meio antes

O sangrento combate de Canguçu Velho de 14 de agosto de 1923 na área das ruínas do antigo sobrado sede e mangueirão de pedra da antiga Real Feitoria do Linho Cânhamo do Rincão do Canguçu 1783/89, foi o mais violento da revolução, com 22 baixas fatais para os revolucionários e 6 para os governistas.

Combate que ocorrera há pouco mais de dois meses, entre forças de Zeca Netto e governistas ao comando dos coronéis Juvêncio Lemos e Hipólito Pinto Ribeiro. Este filho do General Hipólito Ribeiro.

Este combate havia reduzido a coluna de Zeca Netto, e a deixado desmuniciada e com sua cavalhada enfraquecida pelo inverno. E mortos em combate e entregues a guarda perpétua da comunidade canguçuense, onde até hoje se encontram seus restos mortais, mas esquecidos, o Major Álvaro Ribeiro Lemos, de Pelotas e o Tenente Jorge Edjalde de Porto Alegre.

O Cel Hipólito então mandou o Tenente Ernesto Ignácio Pinheiro, avô do historiador Cairo Moreira Pinheiro e que era o oficial de Dia, para sepultar os mortos no local onde tombaram, e num gesto cavalheiresco também os mortos revolucionários ali tombados, os quais, em 1951 foram mandados exumar pelo prefeito Conrado Ernani Bento e colocados sob a proteção de um cercado de arame numa encruzilhada junto a Canguçu Velho. E em 1974 fotografei o local tendo ao fundo dois filhos meus, hoje capitães de Fragata da Marinha do Brasil. Em data recente voltei ao local e constatei que aquele local originara um enorme cemitério, tendo ao lado uma igreja e não consegui identificar mais os túmulos dos mortos ali tombados.

A marcha de 45 dias de aproximação para o ataque a Pelotas

Em 14 de setembro, Zeca Netto operou junção na fazenda Capão Alto, em Bagé, com forças do General Revolucionário Estácio Azambuja.

Daí marcharam ao longo do itinerário Bagé, Lavras do Sul, São Gabriel, São Sepé e Caçapava, atingindo o arroio Irapuá, com suas águas crescendo, obrigando a coluna Zeca Netto a atravessá-lo, de pronto, e acampar na outra margem protegido da atuação adversária.

O General Estácio, perseguido pelo governo, na impossibilidade de atravessar o Irapuá, que estava a nado, margeou o arroio até se bater em Sevalsinho com forças do Governo e com sérias baixas em ambos.

Zeca Netto prosseguiu e foi reforçado pelo Coronel Coriolano de Castro, de Caçapava, homem que se singularizou por laçar com a mão esquerda e descendente de Dragões do Rio Pardo e biografado pelo historiador de Caçapava Arnaldo Luis Cassol e parente do saudoso amigo Humberto Castro Fossa, historiador .de Encruzilhada do Sul e ambos meus grandes companheiros no Instituto de História e Tradições do RGS.

Em 25 de setembro a Coluna Zeca Netto penetrou no município de Encruzilhada e, fintando, fizeram crer que atacariam a vila de Encruzilhada. Mas rumaram a noite para o Passo do Marinheiro no rio Camaquã, que foi atravessado numa balsa e em canoas e a cavalhada ,a nado, durante três dias.

Ai segundo Zeca Netto, “existia uma balsa e ele então improvisou com arame liso de cercas uma maromba, ou cabo guia, para a balsa ir e vir presa a uma argola à maromba. Registrou que no deslocamento saia chispas da maromba atritando na argola e sob a pressão de forte correnteza, ao ponto de queimar os arames. Numa travessia a balsa, com o rompimento da maromba foi rio abaixo, dando grande trabalho para a colocar em posição.

Dali, atingiram o município de Canguçu de onde, pelo Passo do Costa, atingiram Piratini no dia 7 de outubro, onde receberam em caminho reforços em , homens, cavalos e munições.

Em 14 de outubro, em Marcelino, na Serra das Asperezas, contraforte da Serra do Veleda, em Piratini, enfrentaram, sob a proteção de uma cerca de pedra, o Coronel Juvêncio Lemos. O General Zeca Netto, sem perder o objetivo – atacar Pelotas, rompeu o contato em direção a Sanga da Olaria, onde acampou.

De 15 a 24 de outubro deslocou-se pelo município de Canguçu, na região conhecida por Rincão dos Cravos, corruptela da expressão Rincão dos Escravos, por culpa de algum geógrafo improvisado que registrou a palavra sem a sílaba inicial. E em 25 penetrou no de Piratini. Em 26 transpôs o rio Piratini, por um falso passo Mangueira e foi acampar, em 27 de outubro, na Trapeira, no município de Canguçu, próximo de Morro Redondo.

No dia 28 de outubro, em marcha forçada, pela estrada da Cascata, atingiu a meia noite, no Passo do Salso, a Chácara do Dr. Francisco de Paula Amarante, distante 12 km de Pelotas.

Ali Zeca Netto expôs sua idéia de manobra. Ataque simultâneo de três objetivos, impedindo ligação e apoio recíprocos dos mesmos.

O desenvolvimento do ataque a Pelotas ao alvorecer

A Coluna Zeca Netto com base de partida para o ataque a Tablada, nas Três Vendas, iniciou o ataque simultâneo, às 5 horas de 29 de outubro, sobre três objetivos iniciais, a serem conquistados e isto sem serem pressentidos pela Policia Administrativa e surpreendendo .as defesas de Pelotas.

O Ataque Principal ao comando do Tenente Coronel Felipe Conca, progredindo pela Avenida Duque de Caxias e com o seu destacamento lançado sobre o Pavilhão da Sociedade Agrícola e prédio da Escola de Artes e Ofícios, na área hoje ocupada pela Escola Técnica Federal e que concentrava o grosso da defesa governista.

O Coronel Coriolano de Castro, progredindo pela rua Professor Araujo , até a ponte de Pedra, no arroio Santa Bárbara, foi lançado com a missão de apoiar pela esquerda o Destacamento Tenente Coronel Conca, lançado sobre o Pavilhão da Sociedade Agrícola, entre a Usina e a atual Escola Técnica Federal .

O Major Theodoro Klemann (foto acima) para atacar o Posto Policial, no porto, depois de percorrer a estrada da Barbuda até as Três Vendas.

O Coronel Crespo, atuando com seu destacamento pelo centro, e progredindo pela rua 15 de novembro devia atacar a Intendência e o 1º Posto Policial atrás dela, ao lado da Escola de Agronomia Eliseu Maciel.

O Coronel Leônidas Damasceno foi lançado sobre o quartel do Corpo de Bombeiros no local até onde hoje se encontra e depois de progredir pelas ruas Barão de Santa Tecla ,Argolo, Marechal Deodoro, General Telles, Andrade Neves e destas pela Gomes Carneiro até a 15 de Novembro..

Às 2 horas da madrugada todo o dispositivo do ataque e, a cavalo, iniciou a operação, com retardamento decorrente de dois incidentes superados, mas considerados providenciais, para o ataque não ser percebido .por ronda governista.

Ao clarear do dia os revolucionários atingiram a Tablada, na atual região nas Três Vendas. Ao centro ia o General Zeca Netto com seu Estado - Maior, tendo como assistente Dario Crespo, seu companheiro de barraca (derancho) que relatou esta operação em 4 artigos no Correio do Povo, em novembro e dezembro de 1962 e em abril de 1963, cinco anos depois do livro de Cel Aldo Ladeira Ribeiro, do qual, no ano dos citados artigos doou exemplar ao Dr Raul Azambuja, que foi intendente de Canguçu de 1921 a 1924.Localidade que foi ocupado 4 vezes pela Coluna Zeca Netto. De 15/24 março, depois de 19/21 abril, em 7 jul e a seguir em 19 julho quando ocorreu o combate do Cerro Partido no dia anterior. Depois entre 11 e 14 agosto acampou em Canguçu Velho quando ali ocorreu o combate de Canguçu Velho .

O início efetivo do ataque a Pelotas

Avançando para o ataque, segundo Dario Crespo, “um sinal luminoso riscou o céu dando a impressão que cairia sobre nós. A luz foi tão intensa que o nosso cavalo chegou a espantar-se, saltando para o lado. Era uma estrela cadente, na qual alguns viram um sinal de vitória e outros de agouro”. E Zeca Netto lhe bateu e no ombro e falou: -“A cidade de Pelotas é nossa, os céus estão prenunciado.”

Quase no mesmo instante ouviu-se a primeiras descargas. E a luta duraria cerca 5 horas. O Posto de Comando revolucionário foi estabelecido no antigo Hotel Colonial, na rua Manduca Rodrigues”( atual largo do Vernetti) e a ligação entre os destacamentos lançados ao ataque, foi feito por assistente de Zeca Netto.

Foto - Visão na época do Pavilhão da Sociedade Agrícola Pastoril. Objetivo do ataque Principal revolucionário. Fonte: Arquivo do acadêmico Flávio Azambuja Kremer, da Academia Canguçuense de História.


Aspecto na época da Escola de Artes e Ofícios que abrigava homens do 1 o Corpo Provisório da Brigada Militar. Fonte: Arquivo do acadêmico Flávio Azambuja Kremer, da Academia Canguçuense de História.


Os ataques atingiram de surpresa seus objetivos quase ao mesmo tempo.

A Intendência e o 1º Posto Policial foram envolvidos pela atual praça Pedro Osório e rua Andrade Neves, em meio a intensa fuzilaria. Os revolucionários procuravam abrigo nos bancos de ferro da praça ou deitados nos seus canteiros de onde atiravam sobre a Intendência e seu fogo era respondido.

Na rua Andrade Neves foi atingido mortalmente o revolucionário Major Manoel Batista Gomes junto com o seu cavalo.

Pouco depois o comandante governista Capitão Francisco Jesus Vernetti, vice intendente, foi ferido de morte, a bala, por um revolucionário adolescente de 15 anos, fato que os governistas, içando uma bandeira branca, pediram uma trégua para transportar o Capitão Vernetti para uma farmácia defronte ao 1 o Posto Policial e um pouco mais tarde para a Beneficência Portuguesa, onde ele não resistiu a delicada intervenção cirúrgica. Vernetti era médium espírita. Nascera em Boqueirão, em São Lourenço. Era muito estimado. Sua memória é reverenciada em nome de rua no Jardim Europa, no Areal, e é patrono do Centro Espírita no bairro N.S de Fátima, na Avenida Cidade do Rio Grande n o 541.E permanece no Largo do Vernetti, a rua Professor Araujo.

A rendição dos defensores da Intendência e do 1 o Posto, mas não os defensores na Sociedade Agrícola

Depois de 5 horas de resistência, os governistas que defendiam a Intendência e o 1o Posto Policial renderam-se sendo lavrada Ata na Intendência de ocupação revolucionária de Pelotas e Zeca Netto enviou telegrama ao Presidente do Brasil, comunicando o seu feito, como a que insistir que houvesse uma intervenção federal n Estado.

Na área do aquartelamento da Sociedade Agrícola, (área da atual Consulati e da antiga Escola de Artes e Ofícios), região da Escola Técnica, o ataque foi pressentido por uma sentinela que deu o alarme e travou-se intenso duelo a bala.

As grades de ferro da Sociedade Agrícola protegiam os defensores que ali se alojavam. E pelas janelas laterais da Escola de Artes e Ofícios os defensores despejavam intensa fuzilaria. Entre os atingidos pelo fogo, foi o comandante revolucionário Tenente Coronel Conca. E tombou mortalmente o comandante governista Major Aldrovando de Andrade Leão, atingido pelos revolucionários e mais seu irmão Tenente Henrique e o seu ajudante o Alferes Utaliz. O Capitão Álvaro Escobar foi ferido por um projetil que atravessou o seu pescoço, mas continuou lutando .Assumiu o comando o Capitão Orlando Cruz, que não se rendeu na defesa da Sociedade Agrícola, segundo comunicação do intendente Coronel Pedro Osório ao Presidente Borges de Medeiros em que escreveu:

“O Major Aldrovando caiu mortalmente ferido, com o tempo apenas de passar o comando ao bravo Capitão Orlando Cruz.”

O Capitão Orlando Cruz omitido em descrições do ataque

Orlando Cruz não aparece nos artigos do Correio do Povo escritos por Dario Crespo, mas foi ele que redigiu a parte do combate, publicada em 1953 pelo Cel Aldo Ladeira Ribeiro, ( Juiz da Côrte de Apelação da Justiça do Estado) em seu Esboço Histórico da Brigada Militar do RGS, a mais rica em fontes primárias deste evento e inclusive a comunicação do Intendente Cel Pedro Osório ao Dr Borges de Medeiros.

Em nosso Canguçu reencontro com a História,com apoio em jornal de Piratini da década de 20, escrevemos sobre ele o que o Cel Pedro Osório confirmou:

“Em 1923, em Pelotas o mais tarde Coronel Orlando Cruz teve de assumir o comando de uma unidade( 1o Corpo de Provisórios),por morte em combate de seu comandante(Major Aldrovando Leão) ocasião em que foi promovido a major.

A imprensa de Pelotas criou em torno de seu nome uma legenda, em razão da coragem e bravura reveladas no comando de seu posto na Sociedade Agrícola, o único que não rendeu-se, em reação ao ousado feito do General Zeca Neto de tomar Pelotas

Em razão disto assumiu o cargo de intendente de Canguçu de 1924/28, passando o cargo a seu substituto, sendo promovido a Ten. Cel e assumindo o comando do 19 o Corpo Auxiliar da Brigada Militar, operando com o mesmo em Canguçu, Piratini e fronteiras do Uruguai e Argentina contra revolucionários de 1924/26 .Reassumiu a Intendência de Canguçu em 5 de novembro 1925..Ao final de 1926 deixou a Intendência por curto período para organizar o 12 o Corpo Auxiliar da Brigada Militar.”

História e verdade e justiça!. Aqui o repomos no seu lugar na História .O conheci quando menino e usando peças de seu uniforme de provisório o chapéu de abas largas e seu culote.

Outros detalhes do ataque revolucionário

Ao iniciar a ataque o Major Aldrovando se encontrava em casa e atravessou as linhas revolucionárias, disfarçado de oficial do Exército . E assumiu o comando da reação, sendo atingido em seguida mortalmente e substituído pelo Capitão Orlando Cruz, por indicação do Major Aldrovando. E ao Capitão Orlando Cruz repetimos, coube redigir a circunstanciada parte de combate publicada na citada obra de Aldo Ladeira Ribeiro no citado Esboço Histórico da Brigada Militar do RGS (p.184).como comandante interino do 1o Corpo Provisório e seu Fiscal.

O contingente do Coronel Coriolano de Castro avançou até a Ponte de Pedra sobre o arroio Santa Bárbara e tomou posição no paredão da Cervejaria Ritter, defronte a Praça dos Enforcados e nas ruas em torno da Usina da Light e Pavilhão da Sociedade Agrícola. Ali ele secundou o Tenente Coronel Conca.

Na Ponte de Pedra foi atingido o Capitão Zeno Zielinski, que atirava de fuzil Mauser da ponte, sobre os governistas . Foi quando um tiro de fuzil atingiu a coronha de sua arma e a estilhaçou, sendo atingido no rosto pelos estilhaços e seu chapéu foi perfurado. Foi ferido neste episódio o Capitão Egídio Rosa, de Piratini.

O quartel do Corpo de Bombeiros na época com seu equipamento contra incêndio. Fonte: Arquivo do acadêmico Flávio Azambuja Kremer, da Academia Canguçuense de História.

O Coronel Lenidas com pessoal de Canguçu principalmente das famílias Moreira Mattos e Prestes coube atacar o Corpo de Bombeiros.

Para alcançar o objetivo esta força atravessou a trote largo as ruas Paissandu, Argolo, Marechal Deodoro, General Telles e Andrade Neves guiados pelo Capitão Ovídeo Batista.

Os atacantes em posição na esquina fronteira ao Quartel dos Bombeiros romperam fogo que durou cerca de uma hora.

Finalmente a força governista ao comando do Tenente Luis Felipe Albarahy, que teve um braço fraturado ao pular um muro, rendeu-se. A rendição foi conseguida sob a ameaça de incêndio do local. Os atacantes segundo divulgaram, prenderam os defensores e apreenderam muitas armas e munições enviadas de Porto Alegre, destinadas às forças governistas dos municípios vizinhos de Pelotas. Alguns atacantes teriam sido feridos.


Um grupo de canguçuenses que participou do assalto ao Corpo de Bombeiros. Da esquerda para a direita: Valdemar Moreira Mattos, Djalma Moreira Mattos, Neco Lemos, Boaventura Centeno, Alvim Dias, Alteçor Almeida,( avô do prefeito de Canguçu Odilon Almeida Meskó), Tarcílio Eneias Moreira Mattos ( pai do acadêmico da ACANDHIS, Moacyr Mattos) e José Moreira Mattos(pai do historiador do IHGPel, Mario Barbosa Mattos).Fonte: Arquivo de Cairo Moreira Pinheiro, acadêmico da ACANDHIS.

O Coronel Leônidas dali destacou o Major Alteçor Almeida para auxiliar os atacantes da Sociedade Agrícola e Escola de Artes e Ofícios.

E o Capitão Campolino Pereira foi destacado com um grupo para tomar o Posto Policial na Praça da Alfândega, no Porto, o que logrou sucesso depois de ligeira resistência.

O comandante deste posto e alguns de seus homens feridos escaparam pelo Canal São Gonçalo e se internaram nas ilhas do Malandro e da Samambaia.

As 10 horas da manhã o General Zeca Netto , com apoio em contingente que conseguiu reunir avançou a trote largo, na direção da Praça da República para tomar a Intendência.

A inesperada reação de um Posto Policial desconhecido

Em caminho, na rua Paissandu, foi feita uma descarga na direção do General Zeca Netto partido de um Posto Policial(no atual Albergue Noturno rua Padre Felício). Este foi atacado e respondeu com violento fogo ,sob a proteção de um muro muito alto. Ai Zeca Netto blefou com ordem para e incendiá-lo .Um popular ouvindo isto correu a avisar os defensores do posto dizendo que se entregassem senão morreriam queimados E os defensores gritaram segundo ainda Zeca Neto .”Se nos garantem as vidas nos entregamos.!” E se entregaram, sendo recolhidas as suas aramas e colocados em liberdade.

Neste ataque o Coronel Plínio Monte foi ferido levemente na mão esquerda.

Removida esta resistência o General Zeca Netto rumou para a Intendência, sendo aclamado por onde passava e em delírio na Praça da República( atual Pedro Osório) onde foram recebidos com discursos.

Zeca Netto toma a Intendência com lavratura de Ata e nela hasteia a Bandeira Nacional

O General Zeca Netto boleou a perna de seu zaino escuro e subiu as escadas da Intendência tendo sido o seu ponche cortado em suas franjas por senhoras e moças, como lembrança.

Zeca Netto a concluir-se de Dario Crespo estava consciente de estar reeditando o feito de seu tio General Antônio Netto de conquistar Pelotas na Revolução Farroupilha.

Na Intendência o General Zeca Netto hasteou a Bandeira Nacional. Em seguida em seu Salão Nobre foi lavrada a Ata de tomada de Pelotas. E mais “foi passado em seu nome um telegrama ao Presidente da Republica Dr Arthur Bernardes de que uma coluna revolucionária havia se apoderado da 2a cidade do Estado.” Isto visava tentar que o Rio Grande do Sul fosse alvo de uma intervenção federal.

E no Pavilhão da Sociedade Agrícola a ala do Corpo Provisório ao comando do Capitão Orlando Cruz oferecia resistência, entrincheirado.

E o General Netto, segundo Dario Crespo, não autorizou ataque ao 1 o Corpo Provisório “em razão do objetivo político revolucionário ter sido conquistado, ou seja, a tomada simbólica de Pelotas e a resistência na Sociedade Agrícola estar isolada e cercada. Era preciso poupar sangue. “

A tomada espetacular de Pelotas chamou a atenção do Brasil para os revolucionários quando o Ministro da Guerra se encontrava em sua missão de paz na Região Serrana rumo a Porto Alegre e a força do Cel Juvêncio Lemos se encontrava em Piratini.

Zeca Netto e suas tropas ocupam Pelotas (fonte: Museu Histórico da Biblioteca Pública de Pelotas)

O ataque militar a Pelotas completou seu objetivo político: chamar a atenção de forma espetacular sobre o regime político gaúcho inspirado no Positivismo e sem alternância no poder. Mas O Dr Borges de Medeiros continuaria no poder até 1927,sendo substituído por Getúlio Vargas.

A retirada revolucionária de Pelotas

As 16 horas, a força atacante foi reunida. E em seguida foram até o Comandante da Guarnição Federal, neutra na disputa, para entregar-lhe Pelotas a sua guarda e proteção. A recebeu o Tenente Coronel Arthur Cantalice, comandante do 9º BC (atual 9º BIMtz).

O 9º BC durante o ataque e tomada de Pelotas, como neutra, guardava as repartições federais, os bancos e a Usina da Light.

Revolucionários protegeram o Diário Popular para que não fosse empastelado, por seus adeptos em Pelotas,

A Coluna Zeca Netto comportou-se com disciplina e correção. Os abusos correram por conta de alguns provisórios que fora denunciados ao comandante da 3a Região Militar pelo comandante do 9o BC. Rendidos os defensores e tomadas suas armas, eram colocados em liberdade sob o compromisso de não pegarem em armas contra os revolucionários.

A Coluna do General Zeca Netto foi reunida na Tablada, próximo do atual Aeroporto, ao entardecer. E dali ela partiu rumo a São Lourenço do Sul indo acampar sob a proteção da serra. O General Zeca Netto e comitiva jantaram na casa comercial de Carlitos Brauner, retornando ao acampamento as 20 horas, onde foram visitados pelo comandante do 9º Batalhão de Caçadores Tenente Coronel Arthur Cantalice.

Em 30 de outubro, as 10 horas, a Coluna Zeca Netto levantou acampamento rumo a localidade de Camaquã, onde residia o General Zeca Netto, Ali sua coluna, que se encontrava mais forte do que no inicio da Revolução, foi dissolvida em decorrência da Paz de Pedras Altas.

Os mortos e feridos e presas de guerra tomadas em Pelotas

A Coluna Zeca Netto, segundo Dario Crespo teve 4 mortos e 17 feridos nesta operação e, por outro lado, arrecadou bom material bélico, além de 160 cavalos e 102 arreios.

Segundo o intendente Cel Pedro Osório, em telegrama ao Dr Borges de Medeiros, “os revolucionários levaram dos postos policiais 82 fuzis Mauser, que haviam sido cedidos pelo 1o Corpo Provisório; 300 fuzis Mannlichers, sem munição e em mau estado; 30 fuzis Comblain inservíveis e, 6.000 tiros de vários calibres. Também levaram a cavalhada dos postos policiais e inclusive de alguns particulares, e algum armamento destes.

Nos jornais A União Republicana e Diário Popular foram quebrados os vidros e inutilizados alguns móveis. O elemento adversário pelotense auxiliou materialmente os invasores avolumando a impetuosidade do ataque.... a minha impressão é que as forças de Zeca Netto era de 400 homens, mais ou menos, bem montados e armados. Os nossos mortos foram 11, sendo o Tenente Vernetti sub intendente do 1o Distrito e 3 oficias, o Major Aldrovando, o tenente Henrique Leão e o alferes Utalis Soares .E mais um guarda municipal e 6 soldados do 1o Corpo Provisório. Os inimigos tiveram muitas baixas, e levaram alguns feridos.

Na cidade calcula-se 40 mortes de ambos os lados .Foram mortos 4 transeuntes e feridos 7, inclusive 4 mulheres.”

O Cel Juvêncio Lemos contara na véspera 235 revolucionários que segundo ele foram reforçados no ataque por alguns pelotenses que se juntaram aos atacantes .Seu cálculo coincidiu com o que afirmou Zeca Netto.

A residência do intendente Cel Pedro Osório foi cercada, mas ele foi respeitado e nenhuma ação foi feita contra ele..

Faltou aos defensores de Pelotas acionarem suas informações para detectar um ataque a Pelotas. E se não o fizeram foi talvez por terem substimado a capacidade dos revolucionários, desprezando informes que Zeca Netto iria atacar Pelotas, quando deveriam ter lançado postos avançados de vigilância e patrulhas sobre a prováveis vias de acesso a Pelotas. Mas não fizeram .E isto se entende pois não eram profissionais em Arte Militar. De outro lado Netto sabia que o Cel Juvêncio se encontrava em Piratini onde dera 3 dias de descanso a seus homens .E creio que Zeca Netto foi o introdutor do grampo telefônico, pois possuía em sua tropa um elemento que subia nos postes telefônicos e com m telefone escutava as comunicações do governo com sua tropa.

Mas foi preciso deixar Pelotas depois deste feito, por não possuir condições de equipamento e material bélico para enfrentar a força estadual em seu encalço, ao comando do Cel Juvêncio Maximiano Lemos. E para compensar a inferioridade bélica ele tinha que andar escapando a encontros decisivos para continuar chamando a atenção do Brasil para a sua causa.

Foi o que faria a seguir a célebre Coluna Miguel Costa/Prestes, impropriamente chamada Coluna Prestes, segundo ele próprio. Coluna que percorreu o Brasil, mantendo- se em campo e fazendo grande propaganda da causa que defendia que iria desaguar na vitoriosa Revolução de 1930 liderada por Getúlio Vargas,na qual o Rio Grande ficou de pé pelo Brasil.

Um grupo revolucionário integrante do Estado – Maior do General Zeca Netto .Fonte: História do Exército Brasileiro, v.3.p. 895 ss.

Traços do perfil militar de Zeca Netto

Ele estudou em Porto Alegre no Colégio de Fernando Ferreira Gomes e ali foi impregnado pela cultura romana e por sua destacada figuram militar Júlio César, o conquistador das Gálias .No Rio de Janeiro para onde seguiu aos 16 anos, depois da Guerra do Paraguai, onde dois tios seus lutaram, o paterno Gen Antônio Netto e o materno Ten Cel Theóphilo de Souza Mattos que la comandou os Guardas Nacionais de Canguçu. Naquele ambiente no Rio de vitória militar ele estudou no Colégio Barão de Thaupheus, um curso preparatório para a Escola Central do Exército, ao Curso de Engenharia Civil que freqüentou por menos de uma ano. E ali tomou contato com a problemática militar do Brasil.

E nestas escolas e ambientes tomou contato com os grandes capitães da História Militar Mundial: César, Alexandre, Aníbal e Napoleão, conforme referiu em suas Memórias .Assim Zeca Netto não poderia ter tido melhores inspirações militares. E mais importante era a sua consciência dos feitos de seu tio General Antônio Netto de que herdara o Antônio de seu nome e com o qual convivera e tinha 15 anos quando ele morreu na Guerra do Paraguai..

Zeca Netto usava muito a expressão obliquar a direita ou a esquerda, denominação que acreditamos tenha colhido da Arte Militar grega que passou a revolucionar o emprego de suas falanges quando elas passaram a adotar a ordem obliqua com sucesso. Ordem obliqua usada pela primeira vez pelo General Epaminondas, de Tebas nas batalhas de Leutras no ano 371 antes de Cristo e na de Mantinéia, .no ano 366 antes de Cristo, revolucionando assim a Arte Militar. Formação que passaria a ser a preferida de Alexandre o Grande. E Zeca Netto percebeu esta mudança e daí o usar a expressão obliquar a direita ou a esquerda.

O general Zeca Netto ao referir-se com respeito e admiração a bravura dos defensores de Pelotas mortos na ação, lembrava de certo modo seu tio General Antônio Netto que admirava a coragem e a bravura fosse de quem fosse e mandou sua tropa desfilar em continência ao corpo do Cel do Exército Gabriel Gomes pela bravura revelada em combate em Triunfo, em 18 de agosto de 1838, “e que escolheu morrer de espada em punho numa batalha desigual do que render-se a rebeldes.”

General Zeca Netto e seu cavalo durante a operação que culminou com a sua espetacular tomada de Pelotas em 29 de outubro de 1923, com a idade de 72 anos, vindo a falecer aos 94 anos em 1948. Fonte: História do Exército Brasileiro, v.3.p. 895 ss.

Às sete horas do dia 22 de maio de 1948, na sede da Estância da Chacrá, impropiamente chamada de Forte Zeca Netto, faleceu aos noventas e quatro anos e foi sepultado no cemitério São João Batista em Camaquã, R.S., onde repousa até hoje no mausoléu que mandara fazer em memória de sua filha que falecera anos antes, Anna Theotonia. O seu passamento teve repercução nacional





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Antepassados de:
José Antônio Mattos Netto - General Zeca Neto

1a Geração

1. José Antônio Mattos Netto - General Zeca Neto (Florisbelo de Souza Netto3, José de Souza Netto2, Francisco de Souza Soares1) nasceu a 26 Jun., 1854 em Bagé - RS e morreu em 1948.

Pai: 2. Florisbelo de Souza Netto nasceu em Pirtatini - RS e morreu a 2 Jul., 1860 em Bagé - RS.

Mãe: 3. Raphaela de Souza Mattos morreu on an unknown date.


2a Geração (Pais)

2. Florisbelo de Souza Netto (José de Souza Netto2, Francisco de Souza Soares1) nasceu em Pirtatini - RS e morreu a 2 Jul., 1860 em Bagé - RS. Ele casou com Raphaela de Souza Mattos, filha de Antonio de Souza Mattos e Anna Rodrigues de Senna.

Pai: 4. José de Souza Netto nasceu a 7 Maio, 1764 em São José do Norte - RS e morreu on an unknown date.

Mãe: 5. Teotônia Bueno da Fonseca - ou Teotônia Ignácia Bueno nasceu em 1771 em Vacaria - RS e morreu on an unknown date.

3. Raphaela de Souza Mattos (Antonio de Souza Mattos1) morreu on an unknown date.

Pai: 6. Antonio de Souza Mattos morreu on an unknown date.

Mãe: 7. Anna Rodrigues de Senna morreu on an unknown date.


3a Geração (Avós)

4. José de Souza Netto (Francisco de Souza Soares1) nasceu a 7 Maio, 1764 em São José do Norte - RS e morreu on an unknown date. Ele casou com Teotônia Bueno da Fonseca - ou Teotônia Ignácia Bueno.

Pai: 8. Francisco de Souza Soares morreu on an unknown date.

Mãe: 9. Anna Alexandrina Fernandes morreu on an unknown date.


5. Teotônia Bueno da Fonseca - ou Teotônia Ignácia Bueno (Salvador Bueno da Fonseca5, João Bicudo de Brito "Capitão"4, Francisco Bicudo de Brito3, João Bicudo de Brito "Capitão"2, Antonio Bicudo1) nasceu em 1771 em Vacaria - RS e morreu on an unknown date.

Pai: 10. Salvador Bueno da Fonseca nasceu a 15 Maio, 1734 em Santana do Parnaíba - SP e morreu a 6 Fev., 1792 em Rio Grande - RS.

Mãe: 11. Inácia Antonia de Araújo Rocha nasceu em Itu - SP e morreu on an unknown date.


6. Antonio de Souza Mattos morreu on an unknown date. Ele casou com Anna Rodrigues de Senna.


7. Anna Rodrigues de Senna morreu on an unknown date.


4a Geração (Bisavós)

8. Francisco de Souza Soares morreu on an unknown date. Ele casou com Anna Alexandrina Fernandes.


9. Anna Alexandrina Fernandes morreu on an unknown date.


10. Salvador Bueno da Fonseca (João Bicudo de Brito "Capitão"4, Francisco Bicudo de Brito3, João Bicudo de Brito "Capitão"2, Antonio Bicudo1) nasceu a 15 Maio, 1734 em Santana do Parnaíba - SP e morreu a 6 Fev., 1792 em Rio Grande - RS. Ele casou com Inácia Antonia de Araújo Rocha.

Pai: 12. João Bicudo de Brito "Capitão" morreu on an unknown date.

Mãe: 13. Margarida da Silva Bueno morreu on an unknown date.


11. Inácia Antonia de Araújo Rocha (Luiz Antonio da Rocha2, Damião de Castro1) nasceu em Itu - SP e morreu on an unknown date.

Pai: 14. Luiz Antonio da Rocha nasceu em 1716 em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date.

Mãe: 15. Gertrudes de Siqueira nasceu em Parnaíba - SP e morreu on an unknown date.



5a Geração (Trisavôs)

12. João Bicudo de Brito "Capitão" (Francisco Bicudo de Brito3, João Bicudo de Brito "Capitão"2, Antonio Bicudo1) morreu on an unknown date. Ele casou com Margarida da Silva Bueno, filha de Francisco Bueno Luiz da Fonseca "Capitão-Mór" "Francisco Bueno Feio" (Diogo Bueno3, Amador Bueno de Ribeira "Capitão-mór e ouvidor da capitania de S. Vicente"2, Bartholomeu Bueno de Ribeira1) e Maria Jorge Velho (Salvador Jorge Velho "Sargento-Mor de batalha"3, Domingos Jorge Velho2, Simão Jorge (pai de Domingos Jorge Velho)1).

Pai: 16. Francisco Bicudo de Brito morreu em 1739 em Parnaíba - SP.

Mãe: 17. Maria de Almeida Naves morreu em 1738.


13. Margarida da Silva Bueno (Francisco Bueno Luiz da Fonseca "Capitão-Mór" "Francisco Bueno Feio"4, Diogo Bueno3, Amador Bueno de Ribeira "Capitão-mór e ouvidor da capitania de S. Vicente"2, Bartholomeu Bueno de Ribeira1) morreu on an unknown date.

Pai: 18. Francisco Bueno Luiz da Fonseca "Capitão-Mór" "Francisco Bueno Feio" nasceu em 1656 em Parnaíba - foi morador por muitos anos -e depois passou-se ao sitio de Vuturuna no Rio das Mortes, onde estava em 1729. e morreu a 12 Abr., 1752.

Mãe: 19. Maria Jorge Velho morreu on an unknown date.


14. Luiz Antonio da Rocha (Damião de Castro1) nasceu em 1716 em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date. Ele casou com Gertrudes de Siqueira em 1744 em Itu - SP.

Pai: 20. Damião de Castro nasceu em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date.

Mãe: 21. Custódia da Rocha nasceu em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date.


15. Gertrudes de Siqueira (José de Almeida Naves3, João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves2, Balthazar Naves1) nasceu em Parnaíba - SP e morreu on an unknown date.

Pai: 22. José de Almeida Naves nasceu em São Paulo - SP e morreu em 1737 em Santana de Parnaíba - SP.

Mãe: 23. Maria de Araujo morreu em 1756 em São Paulo - SP.


6a Geração (Tetra-avôs)

16. Francisco Bicudo de Brito (João Bicudo de Brito "Capitão"2, Antonio Bicudo1) morreu em 1739 em Parnaíba - SP. Ele casou com Maria de Almeida Naves em 1690 em Parnaíba - SP.

Pai: 24. João Bicudo de Brito "Capitão" nasceu em São Paulo - SP e morreu on an unknown date.

Mãe: 25. Anna Ribeira nasceu em São Paulo - SP e morreu on an unknown date.


17. Maria de Almeida Naves (João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves2, Balthazar Naves1) morreu em 1738.

Pai: 26. João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves nasceu Por volta de 1630 em Algodres da Serra da Estrela- Atual Distrito da Guarda - Bispado de Viseu - Portugal e morreu a 11 Mar., 1715 em Santana de Parnaíba - SP.

Mãe: 27. Maria da Silva Leite morreu on an unknown date.


18. Francisco Bueno Luiz da Fonseca "Capitão-Mór" "Francisco Bueno Feio" (Diogo Bueno3, Amador Bueno de Ribeira "Capitão-mór e ouvidor da capitania de S. Vicente"2, Bartholomeu Bueno de Ribeira1) nasceu em 1656 em Parnaíba - foi morador por muitos anos -e depois passou-se ao sitio de Vuturuna no Rio das Mortes, onde estava em 1729. e morreu a 12 Abr., 1752. Ele casou com Maria Jorge Velho, filha de Salvador Jorge Velho "Sargento-Mor de batalha" (Domingos Jorge Velho2, Simão Jorge (pai de Domingos Jorge Velho)1) e Margarida da Silva (Pascoal Leite Paes "Capitão"1).

Pai: 28. Diogo Bueno nasceu em 1624 em São Paulo - SP e morreu em 1700.

Mãe: 29. Maria de Oliveira "fª" nasceu em 1633 e morreu em 1699.


19. Maria Jorge Velho (Salvador Jorge Velho "Sargento-Mor de batalha"3, Domingos Jorge Velho2, Simão Jorge (pai de Domingos Jorge Velho)1) morreu on an unknown date.

Pai: 30. Salvador Jorge Velho "Sargento-Mor de batalha" nasceu em Santana do Parnaíba - SP e morreu a 27 Nov., 1705 em Santana do Parnaíba - SP.

Mãe: 31. Margarida da Silva nasceu em 1650 e morreu a 24 Jun., 1726 em Santana do Parnaíba - SP.


20. Damião de Castro nasceu em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date. Ele casou com Custódia da Rocha.


21. Custódia da Rocha nasceu em Sé de Braga - Portugal e morreu on an unknown date.


22. José de Almeida Naves (João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves2, Balthazar Naves1) nasceu em São Paulo - SP e morreu em 1737 em Santana de Parnaíba - SP. Ele casou com Maria de Araujo.

Pai: 32. João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves nasceu Por volta de 1630 em Algodres da Serra da Estrela- Atual Distrito da Guarda - Bispado de Viseu - Portugal e morreu a 11 Mar., 1715 em Santana de Parnaíba - SP.

Mãe: 33. Maria da Silva Leite morreu on an unknown date.


23. Maria de Araujo (Manoel do Rego Cabral3, Francisco de Arruda e Sá2, Gonçalo Vaz Botelho1) morreu em 1756 em São Paulo - SP.

Pai: 34. Manoel do Rego Cabral morreu on an unknown date.

Mãe: 35. Ângela de Siqueira morreu on an unknown date.



7a Geração (Penta-avôs)

24. João Bicudo de Brito "Capitão" (Antonio Bicudo1) nasceu em São Paulo - SP e morreu on an unknown date. Ele casou com Anna Ribeira em 1632 em São Paulo - SP.


25. Anna Ribeira (Francisco de Alvarenga "Capitão"1) nasceu em São Paulo - SP e morreu on an unknown date.


26. João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves (Balthazar Naves1) nasceu Por volta de 1630 em Algodres da Serra da Estrela- Atual Distrito da Guarda - Bispado de Viseu - Portugal e morreu a 11 Mar., 1715 em Santana de Parnaíba - SP. Ele casou com Maria da Silva Leite, filha de João Nunes da Silva e Ursula Pedroso (Paschoal Gonçalo Leite Furtado1), em 1655 em Santana de Parnaíba - SP.


27. Maria da Silva Leite (João Nunes da Silva1) morreu on an unknown date.


28. Diogo Bueno (Amador Bueno de Ribeira "Capitão-mór e ouvidor da capitania de S. Vicente"2, Bartholomeu Bueno de Ribeira1) nasceu em 1624 em São Paulo - SP e morreu em 1700. Ele casou com Maria de Oliveira "fª".


29. Maria de Oliveira "fª" (Pedro Leme1) nasceu em 1633 e morreu em 1699.


30. Salvador Jorge Velho "Sargento-Mor de batalha" (Domingos Jorge Velho2, Simão Jorge (pai de Domingos Jorge Velho)1) nasceu em Santana do Parnaíba - SP e morreu a 27 Nov., 1705 em Santana do Parnaíba - SP. Ele casou com Margarida da Silva.


31. Margarida da Silva (Pascoal Leite Paes "Capitão"1) nasceu em 1650 e morreu a 24 Jun., 1726 em Santana do Parnaíba - SP.


32. João de Almeida Naves - ou João Almeida Naves (Balthazar Naves1) nasceu Por volta de 1630 em Algodres da Serra da Estrela- Atual Distrito da Guarda - Bispado de Viseu - Portugal e morreu a 11 Mar., 1715 em Santana de Parnaíba - SP. Ele casou com Maria da Silva Leite, filha de João Nunes da Silva e Ursula Pedroso (Paschoal Gonçalo Leite Furtado1), em 1655 em Santana de Parnaíba - SP.


33. Maria da Silva Leite (João Nunes da Silva1) morreu on an unknown date.


34. Manoel do Rego Cabral (Francisco de Arruda e Sá2, Gonçalo Vaz Botelho1) morreu on an unknown date. Ele casou com Ângela de Siqueira, filha de Lourenço Castanho Taques (filho) (Lourenço Castanho Taques (pai)2, Pedro Taques1) e Maria de Araujo, em 1692 em Santana de Parnaíba - SP.


35. Ângela de Siqueira (Lourenço Castanho Taques (filho)3, Lourenço Castanho Taques (pai)2, Pedro Taques1) morreu on an unknown date.








Fontes consultadas para a presente interpretação e consultáveis para a obtenção de mais detalhes sobre o assunto:

(______) A 3º Região Militar na Revolução de 1923, in: História da 3ª Região Militar Porto Alegre: 3ª RM, 1995, p. 252 ( Cmt do 9º BC de Pelotas faz denuncias contra soldados provisórios em Pelotas);

(______) A Guerra a Gaúcha. in: Regionalismo Sul. Rio Grandense. Porto Alegre: CIPEL, 1996, p. 127/134 ( Organizadora Ilda Hubner Flores. Zeca Netto praticou este tipo de guerra);

(______) Canguçu na História Militar; Revista dos 200 anos de Canguçu. Resende; ACANDHIS, 2000, p. 62/72;

(______) Canguçu na História Militar; Revista dos 200 anos de Canguçu. Resende; ACANDHIS, 2000, p.93.

(______) Gen José Antônio Netto in: O Exército Farrapo e os seus chefes. Rio de Janeiro BIBLIEX, 1992, v. 1.

(______) General Zeca Netto. Traços do seu perfil militar. Revista do Clube Militar jan/ fev 1984, p. 31/33 e jornal Tradição do MTG, nº 112, mai 1983;

(______) Hipólito Ribeiro Filho e Zeca Netto in: Revolução e caudilhos. Porto Alegre, 1970, p. 77 e 252;

(______) Real Feitoria do Linho Cânhamo de Rincão do Canguçu 1783-1789. Canguçu; Prefeitura Municipal, 1992.( localização a Real Feitoria em Canguçu Velho, local do mais violento combate da Revolução de 1923);

(______) Zeca Netto na expedição para livrar Bagé do sitio federalista - O massacre federalista em Rio Negro em 28 nov. 1893. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. nº 370, jan/ mar 1993.

(______) A Clara manhã de 29 outubro, Correio do Povo, Porto Alegre, 25 nov 1962;

(______) Os objetivos da tomada de Pelotas Correio do Povo, Porto Alegre, 2 dezembro 1962;

(______) O ataque a tomada de Pelotas. Correio do Povo. Porto Alegre, 16 abr 1963;

AHIMTB-  A Academia de História Militar Terrestre do Brasil - http://www.militar.com.br/modules.php?name=Historia&file=display&jid=5;

Blog Guia da Bombacha - http://guiadabombacha.blogspot.com.br/2010/11/jose-antonio-matos-netto-zeca-netto.html;

BENTO, Claudio Moreira, Cel. A Revolução de 1923 em Canguçu in: Canguçu reencontro com a História. Porto Alegre: IEL, 1983 ( Aborda os combates do Cerro Partido e Canguçu Velho e dados biográficos dos canguçuenses General Zeca Netto, Cel Juvêncio Lemos , Cel Orlando Cruz e Cel Genes Gentil Bento);

CRESPO, Dario. O ataque é tomada de Pelotas pelo General Zeca Netto. Correio do Povo, Porto Alegre, 18 nov 1962;

CRUZ, Orlando. Parti de combate da ala do 1º Corpo Provisório, ocupante da Sociedade Agrícola de Pelotas, como seu comandante interino na defesa ali de seu posto .Vide livro do Cel Aldo Ladeira Ribeiro sobre a Brigada Militar.


ENDERLE, Lauro. Morre na defesa da cidade o Tenente Vernetti. Diário da Manhã. Pelotas 29 outubro 1983.( publica retrato do tem Vernetti);

ESCOBAR , Álvaro Ávila, cap. Parte como oficial de dia do 1º Esquadrão do 1º Corpo Provisório no dia 28 outubro, divulgada por Dario Crespo, em seu artigo no Correio do Povo, de 14 abril 1963.

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO. Revolução de 1923 in: História do Exército Brasileiro Rio de Janeiro SERGRAF / IBGE, 1972. V. 3.p.895/904;

FERREIRA FILHO, Arthur. Ação revolucionário no Sul - Ocupação de Pelotas in: Revolução de 23. Porto Alegre: Imprensa do Estado, 1973. p. 85/88 ( não considerou em seu trabalho o do Cel Aldo Ladeira Ribeiro editado e, 1953);

FRANCO, Sérgio da Costa. A Paz de Pedras Altas, Porto Alegre: UFRGS, 1993;

FORTINI, Arquimedes. Revivendo o passado. Correio do Povo, ( Aborda a sua visão do ataque a Pelotas citando nome dos participantes);

LEMOS, Amadeu Amâncio, cap med Brigada Militar. Seu diário pessoal;







NOTA DO EDITOR:
Abilon Naves
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4 comentários:

  1. Belo texto. Rico em informações.
    Só tenho, porém, uma correção.
    Na foto onde aparece como legenda sendo do major Adolfo Brockman, na verdade, é de outro major, Theodoro Klemann.
    Grande abraço.

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    Respostas
    1. Obrigado pelas palavras, complementos e retificações, caro Pablo Dobke.
      O nome observado foi atualizado com a devida correção.
      Ressaltamos que tivemos a honra de incluir vosso nome, no campo Fontes Consultadas, da sobredita matéria publicada.
      Eventualmente, à sua coveniência e oportunidade, havendo informações complementares ao assunto em foco, ficaremos eternamente gratos pela possível e valorosa colaboração.
      Grande e fraterno abraço.
      Abilon Naves.

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    2. Bom dia, Sr. Abilon.
      O assunto, de fato é muito interessante. Sei de algumas coisa por ser pelotense e a passagem do Zeca pela cidade com certeza foi algo marcante.
      Também sou mestrando em História pela Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolvo pesquisa na linha de integração, política e fronteira.Estudo justamente o caudilhismo, me aprofundando no caso de Aparício Saraiva nas revoluções uruguaias de 1896, 97, 1903 e 04.
      Em meu trabalho de conclusão de graduação trabalhei com a Revolução de 1923 no RS, só que me foquei em um outro caudilho, Honório Lemes.
      E já que o mote do blog é a genealogia, indico que o Sr. entre em contato com o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas. Lá eles podem ter mais algumas informações de valor à sua pesquisa.
      http://www.ihgpel.org/blog/
      Procure pela Sr.ª Roselaine e diga que entrou em contato comigo.

      Pode deixar que a medida do possível irei colaborando.

      Grande abraço e um ótimo fim de semana.

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    3. Boa tarde, caro Pablo Dobke.
      Obrigado pela dica, entraremos em contato com o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas, para possível obtenção de dados destinados aos nossos estudos.
      Reitero e desde já agradeço quaisquer complementos que possa adir.
      Grande e fraterno abraço.

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