quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mara Naves disputa a reeleição para Deputada Estadual (PMDB/GO)

A deputada estadual Mara Naves é casada com Gilberto Naves, ex-deputado estadual PMDB/GO e prefeito de Goianésia/GO.






Já em seu terceiro mandato como Deputada Estadual pelo PMDB e pleiteando a reeleição, com respaldo num trabalho elogiado, quando chegou à liderança do partido no Parlamento, Mara Naves concentrou sua atuação, na Assembléia Legislativa de Goiás, ao trabalho na área social, com destaque para sua participação nas Comissões de Constituição, Justiça e Redação, da Criança e do Adolescente, dos Direitos Humanos e de Educação. Formada em Direito pela Faculdade de Anápolis, conta que antes de iniciar o relacionamento com o marido, Gilberto Batista Naves, nunca havia pensado em ingressar na carreira política.



Quando ainda se preparava para prestar vestibular para Direito, ela conheceu o advogado Gilberto Naves (foto), amigo de seu pai na maçonaria de Goianésia. Da aproximação, motivada por afinidades profissionais, nasceu o namoro e dois anos depois o casamento, em 1983. No mesmo ano veio a filiação ao PMDB, por influência do marido, que era líder da sigla no município. A partir de então passou a segui-lo nas campanhas políticas.



Mara é natural de Goianésia, GO, onde nasceu no dia 20 de julho de 1962, filha de Adão Gomes de Pina e Irene Mendes de Pina, e tem três filhos com Gilberto, que atualmente é o Prefeito da cidade, pela segunda vez: Gilberto Naves Filho, 24 anos, bacharel em Direito e já auditor fiscal da União, em Brasília, DF; Santhiago de Pina Naves, 22, e Luciana Mara de Pina Naves, que completa 21 anos em outubro, ambos fazendo Medicina em Campo Grande, MS, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.



  • TRAJETÓRIA


Aos 8 anos, Mara Naves teve o primeiro contato com a política ao acompanhar as atividades do pai, eleito por dois mandatos vereador de Barro Alto, na região do Vale do São Patrício. Ela deixou a sua cidade, Goianésia, apenas para estudar e depois para exercer os mandatos de deputada na Capital. Foi no município que conheceu o marido, hoje uma das principais lideranças do PMDB em Goiás; com ele aprendeu a admirar ainda mais a política e passou a integrar a vida pública.



Gilberto Naves tentou a Prefeitura de Goianésia por três eleições consecutivas, até ser eleito em 1992. Como primeira-dama, Mara assumiu a Secretaria Municipal de Promoção Social e aprofundou o contato com a prática política. Após dois anos como Secretária, lançou candidatura para deputada estadual e foi eleita com cerca de 16 mil votos.



Na Assembléia Legislativa compôs, nos dois primeiros anos, a Mesa Diretora, como segunda secretária, no governo de Maguito Vilela, do PMDB. Em 1998 a parlamentar decidiu não pleitear a reeleição para apoiar o marido, que foi eleito deputado estadual.



Em 2002, voltou a concorrer e ganhou, com 20.600 votos, o mandato de Deputada Estadual. Neste segundo mandato ela integrou a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, além de compor as comissões da Criança e do Adolescente, dos Direitos Humanos e de Educação. Em 2004, passou a compor a Mesa Diretora como 4ª secretária. Em 2006, com 22.577 votos, foi reeleita para o terceiro mandato e acredita que os votos são resultado dos trabalhos realizados na região de Goianésia.


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Matéria do “Jornal Opção”, de Goiânia, GO, semanário, edição (nº 1.836, Pág. A-8 / Política) que circulou no domingo, dia 12.09.2010:


Mara quer incentivo ao 1º emprego


Deputada coloca educação e ações para jovens como prioridades para o poder público


Po­de ser pe­la pul­ve­ri­za­ção das can­di­da­tu­ras e até pe­la bai­xa qua­li­da­de dos con­cor­ren­tes, mas pou­cas cam­pa­nhas à As­sem­bléia Le­gis­la­ti­va con­tam com pla­ta­for­mas elei­to­ra­is de qua­li­da­de. Ocor­re o fe­nô­me­no nor­mal­men­te cha­ma­do de “fu­la­ni­za­ção”. Ou se­ja, em vez de co­lo­car idei­as em de­ba­te, o que se vê nos pro­gra­mas elei­to­ra­is é um des­fi­le de fi­gu­ras hu­ma­nas la­men­tá­veis. Mas exis­tem ex­ce­ções. En­tre elas es­tá a de­pu­ta­da es­ta­du­al Ma­ra Na­ves, do PMDB. Em cam­pa­nha à re­e­lei­ção, ela es­tru­tu­rou um con­jun­to de pro­pos­tas res­pei­tá­vel pa­ra jus­ti­fi­car um no­vo man­da­to. O des­ta­que é pa­ra a área so­ci­al e, em es­pe­ci­al, o tra­ba­lho com cri­an­ças e ado­les­cen­tes.

Pri­mei­ra-da­ma de Go­i­a­né­sia, Ma­ra Na­ves pre­si­de a Co­mis­são da Cri­an­ça e do Ado­les­cen­te da As­sem­bléia e man­tém aten­ção es­pe­ci­al (e es­pe­cia­li­za­da) so­bre o te­ma. Uma de su­as mai­o­res pre­o­cu­pa­ções é com a cri­a­ção de po­lí­ti­cas pú­bli­cas pa­ra fa­ci­li­tar a in­ser­ção de jo­vens no mer­ca­do de tra­ba­lho. “Jo­vens en­tre 16 e 24 anos são os que mais en­con­tram bar­rei­ras no mer­ca­do de tra­ba­lho”, diz ela, ci­tan­do pes­qui­sa di­vul­ga­da pe­lo Mi­nis­té­rio do Tra­ba­lho e Em­pre­go. Com is­so, diz a de­pu­ta­da, é pre­ci­so que a so­ci­e­da­de e a clas­se po­lí­ti­ca apre­sen­tem pro­je­tos pa­ra in­cen­ti­var em­pre­sas a con­tra­tar jo­vens por meio de be­ne­fí­ci­os e re­nún­cias fis­cais.


Ma­ra Na­ves en­ten­de que as di­fi­cul­da­des en­fren­ta­das pe­los jo­vens pa­ra con­se­guir em­pre­go são um de­sa­fio que pre­ci­sa es­tar na pau­ta da As­sem­bléia e do Go­ver­no do Es­ta­do. Al­go que já es­tá na le­gis­la­ção, mas que pre­ci­sa ser re­for­ça­do. “Por lei, to­da em­pre­sa pre­ci­sa in­ves­tir no so­ci­al e na con­tra­ta­ção de jo­vens. Is­so é jus­ti­ça so­ci­al. Nos­sos jo­vens de­pen­dem des­se apoio, já que en­fren­tam mui­tas di­fi­cul­da­des nes­sa fa­se da vi­da, quan­do ain­da não pos­su­em qua­li­fi­ca­ção e ex­pe­ri­ên­cia su­fi­ci­en­tes.” Ma­ra de­fi­ne co­mo es­pe­ta­cu­lar o tex­to sub­sti­tu­ti­vo do de­pu­ta­do fe­de­ral Ro­ber­to San­ti­a­go (PV-SP) que es­ta­be­le­ce be­ne­fí­ci­os fis­cais pa­ra em­pre­sas que con­tra­ta­rem tra­ba­lha­do­res com me­nos de 24 ou mais de 45 anos e que es­te­jam de­sem­pre­ga­dos há mais de um ano.

“A ini­ci­a­ti­va pri­va­da vi­sa ao lu­cro e a con­tra­par­ti­da nes­sa con­tra­ta­ção se­ri­am os be­ne­fí­ci­os fis­cais. Acre­di­to que as em­pre­sas go­i­a­nas se adap­ta­ri­am a is­so, se­não fi­ca­ria ru­im pa­ra elas, se­ria um pon­to ne­ga­ti­vo”, res­sal­ta Ma­ra. O pro­je­to do de­pu­ta­do fe­de­ral que reú­ne 15 pro­pos­tas so­bre o te­ma foi apro­va­do pe­la Co­mis­são de Tra­ba­lho da Câ­ma­ra Fe­de­ral e es­tá sen­do exa­mi­na­do pe­la Co­mis­são de Fi­nan­ças e Tri­bu­ta­ção.

De­ta­lhan­do as ques­tões que en­vol­vem cri­an­ças e ado­les­cen­tes, Ma­ra ci­ta ou­tro te­ma im­por­tan­te, o da edu­ca­ção. Se­gun­do ela, o pró­xi­mo Go­ver­na­dor de Go­i­ás, ao as­su­mir o car­go no dia 1º de ja­nei­ro de 2011, te­rá al­guns de­sa­fi­os di­fí­ceis. Ela lem­bra que o Es­ta­do de­ve apli­car 25% de sua re­cei­ta na edu­ca­ção. “Por lei, pe­lo me­nos 25% de­ve ser apli­ca­do. Is­so é mui­ta coi­sa, con­tan­do ain­da as ver­bas fe­de­ra­is que exis­tem. Fe­liz do pró­xi­mo Go­ver­na­dor que der pri­o­ri­da­de à edu­ca­ção, o que é um de­ver do po­der pú­bli­co e di­rei­to de to­do ci­da­dão”, res­sal­ta a de­pu­ta­da, la­men­tan­do que ra­ra­men­te es­se por­cen­tu­al é res­pei­ta­do.

Em ju­nho, a As­sem­bléia apro­vou a Lei de Di­re­tri­zes Or­ça­men­tá­rias (LDO) do Go­ver­no es­ta­du­al que pre­vê, pe­la pri­mei­ra vez, gas­to aci­ma de R$ 2 bi­lhões com edu­ca­ção no Es­ta­do no ano que vem, re­sul­tan­do em um acrés­ci­mo de qua­se 12% so­bre o to­tal de re­cur­sos apli­ca­dos no ano pas­sa­do. Além dis­so, Ma­ra diz que o Po­der Exe­cu­ti­vo pre­ci­sa ter uma vi­são des­cen­tra­li­za­da so­bre a edu­ca­ção. Ela ci­ta co­mo exem­plo a UEG, “que pre­ci­sa le­var seus cur­sos pa­ra ca­da uni­da­de de acor­do com as ne­ces­si­da­des do mu­ni­cí­pio”. “É pre­ci­so ter uma per­cep­ção pe­da­gó­gi­ca e in­ves­tir mais, não só na tec­no­lo­gia, mas prin­ci­pal­men­te no pla­ne­ja­men­to”, des­ta­ca Ma­ra Na­ves, pe­din­do tam­bém mais re­cur­sos pa­ra a qua­li­fi­ca­ção dos pro­fes­so­res da re­de es­ta­du­al.


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