Já em seu terceiro mandato como Deputada Estadual pelo PMDB e pleiteando a reeleição, com respaldo num trabalho elogiado, quando chegou à liderança do partido no Parlamento, Mara Naves concentrou sua atuação, na Assembléia Legislativa de Goiás, ao trabalho na área social, com destaque para sua participação nas Comissões de Constituição, Justiça e Redação, da Criança e do Adolescente, dos Direitos Humanos e de Educação. Formada em Direito pela Faculdade de Anápolis, conta que antes de iniciar o relacionamento com o marido, Gilberto Batista Naves, nunca havia pensado em ingressar na carreira política.
Quando ainda se preparava para prestar vestibular para Direito, ela conheceu o advogado Gilberto Naves (foto), amigo de seu pai na maçonaria de Goianésia. Da aproximação, motivada por afinidades profissionais, nasceu o namoro e dois anos depois o casamento, em 1983. No mesmo ano veio a filiação ao PMDB, por influência do marido, que era líder da sigla no município. A partir de então passou a segui-lo nas campanhas políticas.
Mara é natural de Goianésia, GO, onde nasceu no dia 20 de julho de 1962, filha de Adão Gomes de Pina e Irene Mendes de Pina, e tem três filhos com Gilberto, que atualmente é o Prefeito da cidade, pela segunda vez: Gilberto Naves Filho, 24 anos, bacharel em Direito e já auditor fiscal da União, em Brasília, DF; Santhiago de Pina Naves, 22, e Luciana Mara de Pina Naves, que completa 21 anos em outubro, ambos fazendo Medicina em Campo Grande, MS, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
- TRAJETÓRIA
Aos 8 anos, Mara Naves teve o primeiro contato com a política ao acompanhar as atividades do pai, eleito por dois mandatos vereador de Barro Alto, na região do Vale do São Patrício. Ela deixou a sua cidade, Goianésia, apenas para estudar e depois para exercer os mandatos de deputada na Capital. Foi no município que conheceu o marido, hoje uma das principais lideranças do PMDB em Goiás; com ele aprendeu a admirar ainda mais a política e passou a integrar a vida pública.
Gilberto Naves tentou a Prefeitura de Goianésia por três eleições consecutivas, até ser eleito em 1992. Como primeira-dama, Mara assumiu a Secretaria Municipal de Promoção Social e aprofundou o contato com a prática política. Após dois anos como Secretária, lançou candidatura para deputada estadual e foi eleita com cerca de 16 mil votos.
Na Assembléia Legislativa compôs, nos dois primeiros anos, a Mesa Diretora, como segunda secretária, no governo de Maguito Vilela, do PMDB. Em 1998 a parlamentar decidiu não pleitear a reeleição para apoiar o marido, que foi eleito deputado estadual.
Em 2002, voltou a concorrer e ganhou, com 20.600 votos, o mandato de Deputada Estadual. Neste segundo mandato ela integrou a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, além de compor as comissões da Criança e do Adolescente, dos Direitos Humanos e de Educação. Em 2004, passou a compor a Mesa Diretora como 4ª secretária. Em 2006, com 22.577 votos, foi reeleita para o terceiro mandato e acredita que os votos são resultado dos trabalhos realizados na região de Goianésia.
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Matéria do “Jornal Opção”, de Goiânia, GO, semanário, edição (nº 1.836, Pág. A-8 / Política) que circulou no domingo, dia 12.09.2010:
Mara quer incentivo ao 1º emprego
Deputada coloca educação e ações para jovens como prioridades para o poder público
Pode ser pela pulverização das candidaturas e até pela baixa qualidade dos concorrentes, mas poucas campanhas à Assembléia Legislativa contam com plataformas eleitorais de qualidade. Ocorre o fenômeno normalmente chamado de “fulanização”. Ou seja, em vez de colocar ideias em debate, o que se vê nos programas eleitorais é um desfile de figuras humanas lamentáveis. Mas existem exceções. Entre elas está a deputada estadual Mara Naves, do PMDB. Em campanha à reeleição, ela estruturou um conjunto de propostas respeitável para justificar um novo mandato. O destaque é para a área social e, em especial, o trabalho com crianças e adolescentes.
Primeira-dama de Goianésia, Mara Naves preside a Comissão da Criança e do Adolescente da Assembléia e mantém atenção especial (e especializada) sobre o tema. Uma de suas maiores preocupações é com a criação de políticas públicas para facilitar a inserção de jovens no mercado de trabalho. “Jovens entre 16 e 24 anos são os que mais encontram barreiras no mercado de trabalho”, diz ela, citando pesquisa divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Com isso, diz a deputada, é preciso que a sociedade e a classe política apresentem projetos para incentivar empresas a contratar jovens por meio de benefícios e renúncias fiscais.
Mara Naves entende que as dificuldades enfrentadas pelos jovens para conseguir emprego são um desafio que precisa estar na pauta da Assembléia e do Governo do Estado. Algo que já está na legislação, mas que precisa ser reforçado. “Por lei, toda empresa precisa investir no social e na contratação de jovens. Isso é justiça social. Nossos jovens dependem desse apoio, já que enfrentam muitas dificuldades nessa fase da vida, quando ainda não possuem qualificação e experiência suficientes.” Mara define como espetacular o texto substitutivo do deputado federal Roberto Santiago (PV-SP) que estabelece benefícios fiscais para empresas que contratarem trabalhadores com menos de 24 ou mais de 45 anos e que estejam desempregados há mais de um ano.
“A iniciativa privada visa ao lucro e a contrapartida nessa contratação seriam os benefícios fiscais. Acredito que as empresas goianas se adaptariam a isso, senão ficaria ruim para elas, seria um ponto negativo”, ressalta Mara. O projeto do deputado federal que reúne 15 propostas sobre o tema foi aprovado pela Comissão de Trabalho da Câmara Federal e está sendo examinado pela Comissão de Finanças e Tributação.
Detalhando as questões que envolvem crianças e adolescentes, Mara cita outro tema importante, o da educação. Segundo ela, o próximo Governador de Goiás, ao assumir o cargo no dia 1º de janeiro de 2011, terá alguns desafios difíceis. Ela lembra que o Estado deve aplicar 25% de sua receita na educação. “Por lei, pelo menos 25% deve ser aplicado. Isso é muita coisa, contando ainda as verbas federais que existem. Feliz do próximo Governador que der prioridade à educação, o que é um dever do poder público e direito de todo cidadão”, ressalta a deputada, lamentando que raramente esse porcentual é respeitado.
Em junho, a Assembléia aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Governo estadual que prevê, pela primeira vez, gasto acima de R$ 2 bilhões com educação no Estado no ano que vem, resultando em um acréscimo de quase 12% sobre o total de recursos aplicados no ano passado. Além disso, Mara diz que o Poder Executivo precisa ter uma visão descentralizada sobre a educação. Ela cita como exemplo a UEG, “que precisa levar seus cursos para cada unidade de acordo com as necessidades do município”. “É preciso ter uma percepção pedagógica e investir mais, não só na tecnologia, mas principalmente no planejamento”, destaca Mara Naves, pedindo também mais recursos para a qualificação dos professores da rede estadual.
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