- Atualizado aos 25.01.2024 -
25 de Janeiro de 1554 - 2024.
470 anos
Depois, um dia, legiões brutais de carijós irrompem do sertão e pelejam para arrasá-la. O vilarejo humilde escora o embate nas tranqueiras rudes e resiste. Eles fogem mas voltam. Retornam ao assédio, ao morticínio, ao saque, muitas vezes. E tantas que, na Câmara, certo dia se exige uma guerra campal aos índios nomeados Carijós, por terem morto mais de cento e cinqüenta homens brancos, assim portugueses como espanhóis, até mesmo padres da Companhia de Jesus...(BELMONTE; Edições Melhoramentos; 4ª edição; 1948; SP.
(Ilustração de Belmonte: indio Carijó)
No decurso de seus 470 anos de existência, a cidade de São Paulo passou por inúmeras crises, não sendo poucos e nada desprezíveis os momentos de sobressaltos generalizados vividos pela sua população.
Nesse sentido, vale lembrar que desde o momento de sua fundação, em 1554, a antiga vila sofreu com o ataque de tribos que não aceitavam a implantação do novo núcleo. Vivendo sob ameaças constantes, a população foi obrigada a se proteger e, a exemplo do que ocorria nas cidades medievais, os paulistanos foram obrigados a construir postos de observação à distância para evitar ataques de surpresa, bem como edificaram um muro de proteção ao redor da cidade.
(Ilustração de Belmonte: ataque dos carijós)
Dos primeiros, a história registra a existência do Forte Emboaçava, estrategicamente localizado na confluência dos rios Tietê e Pinheiros, no atual bairro da Lapa. Aliás, Emboaçava significa, na língua tupi, o lugar por onde se passa, termo este bastante representativo uma vez que indicava a existência de antigas trilhas indígenas no local. Como posto avançado de defesa da vila, o atual bairro da Lapa viveu, no século XVI, seus momentos de medo e sobressaltos, sempre em alerta quando se avistava a movimentação de índios que procediam do Jaraguá (ao norte) ou do Morumbi e Butantã, nos quadrantes sul e oeste.
Sobre os antigos muros – ou paliçadas – que cercavam a cidade, sabemos de sua existência através de relatos da época, inclusive alguns inscritos pelos próprios vereadores nas Atas da Câmara Municipal, hoje custodiadas pelo Arquivo Municipal. Apesar da imprecisão sobre sua real extensão e localização, a muralha certamente acompanhava a colina central desde a atual Igreja do Carmo até o Mosteiro de São Bento,
Foto: Detalhe do entalhe na porta de entrada do Mosteiro de São Bento.
No sítio "Tudo por São Paulo 1932", onde foi postada a foto acima, para apreciação e debates de seus leitores, Débora Moura - Gerente Administrativo na empresa BJ Comercial e imobiliário Ltda. - esclarece com os seguintes dizeres "... quando os "papais" entram eles cumprem um rito de colocar os dois dedos na cavidade dos olhos da caveira, não sei porque, mas se olhar de perto veras que as marcas de anos de rito são visíveis."
No mesmo sítio, Luiz Antônio Loureiro Travain - TRT, 2ª Região - assim descreve: "Este é um símbolo do Skull and Bones - 322, Ordem iniciática da Universidade de Yale (...) Todavia .. (o entalhe do Mosteiro) é muito antes, um simbolismo maçônico que representa a morte - ou melhor: que todos somos iguais e teremos um mesmo destino, bem como que a vida é breve e que temos de fazer o bem.. tal.. representa, ainda, a Ordem dos Cavaleiros Templários - que foi a guarda Católica - Nas lateriais constam ramos de Acácia (significa incorruptividade, inicência, etc.). No lado esquerdo, entre os ossos de baixo e de cima encontra-se uma única flor de lis ( que significa: Flour de Luis, em homenagem ao Rei da França - tem o seu significado: (...). Tem ainda uma espiga de milho à esquerda - simbolo maçônico. Tem ainda uma rosa ao lado direito que conforme a coloração terá um significado; Rosa (Vermelha) - mesmo significado do Cravo Vermelho (que é amor); significa também paixão, dor e martírio; Rosa (combinada com a cruz) - símbolo do Homem-Deus que existe em cada homem; Rosa (branca) - emblema da alegria e pureza; Rosa (amarela) - emblema da união; Rosa (Negra) - emblema do silêncio.
Fonte: Tudo por São Paulo 1932.
passando, é claro, pelo Pátio do Colégio e Rua Boa Vista. Os flancos leste e oeste da cidade eram os mais perigosos, motivo pelo qual o cacique Tibiriçá (amigo dos portugueses) instalou a sua aldeia no atual Largo de São Bento, um ponto estratégico para a defesa do núcleo, uma vez que dali se descortinava uma ampla vista.
Não podemos desconsiderar, portanto, que o signo do medo (aqui representado pela guerra contra os índios) esteve presente em São Paulo desde seus primórdios.
Os Bandeirantes
e a bandeira da cidade de São Paulo
"Não sou Conduzido, Conduzo!"
A primeira referência às bandeiras paulistas vem, obviamente, das expedições desbravadoras que o povo desta então capitania realizava, partindo da capital muitas vezes entre o século XVII e XVIII, não por acaso denominadas, genericamente de bandeiras, e seus membros eram os bandeirantes, as suas expedições aumentaram consideravelmente o espaço geográfico do Brasil. O termo bandeirantes se deve ao fato das expedições serem sempre conduzidas por uma bandeira com as insígnias representativas do chefe da expedição ou mesmo a bandeira da Cruz de Cristo, conforme consta do brasão da cidade de São Paulo e do Estado de Mato Grosso.
Lembra o autor Benedito Bastos Barreto, na obra de referência
sobre o assunto que "no começo do século, em 1603, não existia em São Paulo
nenhuma bandeira da cruz da Ordem de Cristo" mas
que no começo deste citado ano foi requerida uma bandeira para Câmara.
Na realidade, metade da paulicéia era de
origem castelhana (imigrada entre 1580 e 1640, período do governo espanhol), de
temperamento forte, independente, aguerrido, traço inconfundível da sua origem
"pasiega" da região cantábrica da Espanha, que contribuiu maciçamente
para o expurgo dos seus invasores mouros-muçulmanos..
A Paulicéia (do Latim, pequenina, delicada)
foi o êmbolo civilizador europeu
implantado no planalto piratiningano e que dividia o seu território com os
Guaianazes chefiados pelo morubixaba cristão Tibiriçá (sogro de João Ramalho casado com Isabel - a Bartira, vide abaixo), constituindo-se na
primeira plataforma – permanente e profunda - da exploração do interior do
continente brasileiro!
Esse povoamento serra acima logo se viu
isolado da cabeça da capitania, São Vicente, sem poder contar com a ajuda da metrópole lusitana, cujo contato só
era possível através do porto litorâneo. Esse isolamento planáltico fez com que
desenvolvesse outras atividades exploratórias do sertão, que determinaram as
suas características mais marcantes, destacando-se a extrema mobilidade
assimilada dos índios e o forte sentimento nativista independente, herdado de
seus ancestrais ibéricos!
Desde
cedo se organizou numa república aristocrática, o que iria causar muitos
atritos com os futuros governos lusitanos e com os intransigentes capitães
loco-tenentes da Capitania de São Vicente. Mas a Paulicéia se ancorava
firmemente no foral de donataria de D.
João III, que lhes garantia total autonomia* (veja mais abaixo). A resistência
da cidadela paulistana contra as ingerências lusitanas sempre foram autênticas
e legítimas!
*..."e por folgar de lhe fazer mercê do meu próprio motu"..."Outrossim, hei por bem e me praz que nas terras da dita capitania não entre nem possa entrar, em tempo algum corregedor nem alçada, nem outras algumas justiças para nelas usarem de jurisdição alguma, por nenhuma via nem modo que seja, nem menos será o dito capitão suspenso da dita capitania e governança e jurisdição dela"... (trecho do foral real de donataria da Cap. S. Vicente, concedida por ElRey D. João III de Portugal).
El Rey D. João III
Aliados aos
mais intrépidos vicentinos portugueses que abdicaram das facilidades
litorâneas para enfrentar heroicamente as agruras do sertão bravio, amalgamaram
a feliz composição da "Raça de Gigantes" que viria a conquistar e
expandir todo o interior do território brasileiro nos séculos vindouros! Tinham
seu núcleo social oriundo das pequenas nobrezas portuguesa e espanhola, aqui
aclimatadas e convertidas em bandeiras conquistadoras de índios, territórios e
minas (a Bandeira era originalmente uma instituição militar espanhola, daí seus
líderes serem chamados de capitães e coronéis).
Exteriorizavam uma
mentalidade medieval autodeterminada com "valores e comportamentos
próprios" ("motu-próprio"),
senhores de "muitos arcos" ou exércitos de indígenas bem
treinados e com eles foram conquistando territórios, fundando cidades e promulgando suas próprias
leis. Nenhuma força invasora estrangeira (inglesa, francesa, castelhana e
holandesa) pode vencer em batalha aquele original exército eurobugre**
piratiningano! (**perdoem nosso neologismo).
Homenagem aos Construtores da cidade de
São Paulo
"GLÓRIA IMORTAL AOS FUNDADORES DE SÃO PAULO"
Primitivo Paço Municipal da Villa de São Paulo de Piratininga em 1628
Quadro a óleo baseado em desenho original obtido do Arquivo das Índias, Espanha.
·
Antônio Fernandes Rodrigues casado com Antônia Rodrigues, (filha de
Piquiroby, o maioral de Ururay, aliado de São Paulo) é pentavô do bandeirante
Francisco Bicudo de Brito Cc. Maria
de Almeida Naves
- Francisco
Bicudo de Brito (n.1669 – f.~1715) é filho do capitão João
Bicudo de Brito Cc. Anna Ribeiro de Alvarenga.
- João Ramalho cc/ Isabel (Bartira), filha de Tibiriçá (o maioral de Guainaz, aliado de São Paulo) tios-avós de Benta Dias Fernandes Cc/ Paulo de Proença de Abreu.
- Paulo Proença de Abreu casado em 2ªs núpcias com Maria Bicudo de Brito, irmã inteira do bandeirante Francisco Bicudo de Brito Cc/ Maria de Almeida Naves. (sobre Maria de Almeida Naves vide tópico anterior)
Alcaide-mor de Santo André da Borda do Campo e posteriormente membro da câmara de São Paulo, João Ramalho é talvez uma das pessoas mais polêmicas e misteriosas da São Paulo do século XVI.
Pesquisando por seu nome é possível encontrar referências das mais distintas, como membro politico de Santo André e São Paulo, como por uma descrição que dizia: “…João Ramalho, homem por graves crimes infame e excomungado.”, acrescentando: “daqueles Ramalhos, árvore ruim e de pior fruto, foram os maiores males que a própria peste, a suscitar rancores”; sendo estas as razões típicas e padronizadas daqueles as quais "pesavam acusações" por terem origem judaica.
Apesar disso, existem estudos feitos por aqueles que estudaram os jesuítas que, muitos dos atos que são atribuidos a João Ramalho não passam de hipóteses, sendo assim muito difícil de descrever sua verdadeira vida.
Assinatura de João Ramalho
Personagem legendário JOÃO RAMALHO (chamado de Pira-tininha,
ou Piratininga - em tupi, "peixe seco", sugere que o homem tenha
chegado do oceano sem de molhar - isto é, numa caravela) que já estava nessas
terras e as comandava, antes da chegada de Cabral.
Filho de João Vieira Maldonado e Catarina Afonso de Balbode,
nascido em Vouzela, comarca de Viseu, pertencente a Coimbra, RAMALHO fugiu ou
foi abandonado por uma nau no litoral de São Vicente, Ilha colada ao
continente, assim batizada por Gaspar de Lemos, um dos comandantes de Cabral. (GUARACY, Thales, 2015, editora Planeta do Brasil Ltda, São Paulo, SP)
N. do A.: Assinaturas
e sinais representativos dos nomes dos primeiros camaristas paulistanos em 1556
- Note-se a perfeita grafia de João Ramalho, que diziam ser
"analfabeto". O homem era de uma casa portuguesa, com certeza!
N. do A.: Onde se lê Alcaide Francisco "Avel", leia-se Farel.
- Capitão-mór e Ouvidor da Capitania de São Vicente Amador Bueno da Ribeira (o Aclamado) cc/Bernarda Luiz, sobrinho materno de Diogo Pires cc/ Izabel de Brito.
- Diogo Pires e Izabel de Brito são bisavós do bandeirante Francisco Bicudo de Brito Cc/ Maria de Almeida Naves. (sobre Maria de Almeida Naves vide os tópico anteriores)
Bisavô do conhecido bandeirante Amador Bueno da Veiga, Amador Bueno de Ribeira foi um paulista ilustre do século XVII que foi aclamado como rei de São Paulo pelo povo.
Sua aclamação surgiu em 1641, um ano depois de D. João IV de Bragança assumir o poder em Portugal. Embora de iniciativa popular, a ideia de tornar Amador Bueno rei de São Paulo, foi uma manobra política de castelhanos que queriam enfraquecer o poder português, e viram nele – filho de um carpinteiro de Sevilha com provável origem judaíca que mudou-se para o Brasil – a pessoa certa para isso.
Entretanto, apesar da origem espanhola de seu pai, Amador Bueno de Ribeira não deixou se levar e recusou a honraria reafirmando com sua espada erguida a lealdade ao Rei de Portugal após sessenta anos de união ibérica.
Assinatura de Amador Bueno
Ele foi pai de Amador Bueno, o moço, bandeirante avô de Amador Bueno da Veiga.
Amador Bueno faleceu em 1649.
- Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva I - o Anhanguera (Diabo Velho) casado em 1ªs núpcias com Izabel Cardoso; e, em 2ªs núpcias com Maria de Moraes (ou Morais)
Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, apelido dado pelos índios, que significa "Diabo Velho", em virtude do sertanista ter ateado fogo em um pouco de álcool e ameaçado fazer o mesmo com os rios caso os índios não o obedecessem, constituindo-se em um dos mais famosos personagens da história do Brasil, dispensa, maiores comentários, f. de Francisco Bueno e Felipa Vaz, np. de Bartolomeu Bueno de Ribeira, n. Sevilha, tronco dos Buenos de São Paulo, e Maria Pires, nm. de Francisco João Branco e Ana de Cerqueira. Foi c. 1ª vez, 1630, com Isabel Cardoso , f. de Domingos Leme da Silva e sua 1ª mulher Francisca Cardoso e, 2ª, 1697, Parnaíba, com Maria de Moraes, f. de Jerônimo de Lemos e Moraes e Leonor Domingues de Camargo (em Lemos), s.ger. desta mas, do 1º matrimônio teve 9 filhos.
- Bandeirante Antonio Preto cc/ Catharina de Ribeira (também foi casada com o governador da capitania de S. Vicente, Capitão-mór Antonio Ribeiro de Moraes), filha do Capitão-mór e Ouvidor da Capitania de São Vicente Amador Bueno da Ribeira (o Aclamado) cc/Bernarda Luiz.
O bandeirante Antonio Preto é filho de Manuel Preto, bandeirante paulista, nascido na segunda metade do século XVI e falecido em São Paulo em 1630. Filho de António Preto, que veio na armada de Diogo Flores de Valdez ou Valdés em 1582, e de Águeda Rodrigues, filha do reinol Gonçalo Madeira e Clara Parente, era irmão de Sebastião Preto. Herdou dos pais uma gleba de terras a noroeste do centro da vila, que daria origem ao actual bairro da Freguesia do Ó.
Dos maiores sertanistas de São Paulo no século XVII, desde 1602 (quando, adolescente, fez parte da bandeira de Nicolau Barreto) caçava índios para escravizar. Diz a «Genealogia Paulistana» que foi «destemido explorador , que penetrou o sertão do Rio Grande (rio Paraná nos mapas castelhanos), os do rio Paraguai e a sua província, chegando até o rio Uruguai em conquista de índios bravios, e chegou a prender tantos que em sua fazenda de cultura fundada em 1580 na capela de Nossa Senhora da Expectação do Ó contava com 999 índios de arco e flechas. Foi ele o fundador dessa capela, entre 1610 e 1615 (hoje freguesia do Ó).
Ilustração Belmonte: Bandeirante com gualteira de couro
de anta, gibão de armas, rodela, espada, arcabuz e forquilha
Levando 155 índios escravizados, saiu pelo rio Tamanduateí, entrando pelo rio Tietê, até o começo de suas terras. Em 1606 percorreu o Guairá e ao regressar de Vila Real do Espírito Santo, arrebanhou índios temiminós pacíficos, que trouxe para São Paulo. Nos anos seguintes continuou nas mesmas paragens.
Em 1610 requereu à autoridade religiosa da colónia a autorização para erguer uma capela em louvor de Nossa Senhora do Ó.
Em 1619 a bandeira da qual era mestre de campo assaltou as reduções jesuíticas de Jesus Maria, Santo Inácio e Loreto. Em 1623, com seu irmão Sebastião Preto, o mestre de campo Manuel Preto conduziria uma bandeira ao chamado Guairá, «sertão dos abueus», participando dela o já velho bandeirante Francisco de Alvarenga (ver 1602) e Pedro Vaz de Barros. Destruíram reduções jesuíticas e trouxeram numerosa escravaria indígena. Já mestre de campo, Manuel Preto em 1626 foi processado como cabeça de entradas ao sertão e violências no mister, impedido de exercer o cargo de vereador para o qual fora eleito.
No segundo semestre de 1628 saiu de São Paulo em sua maior bandeira, como mestre de campo e capitão-mor, com António Raposo Tavares como seu imediato. Aniquilaram as reduções do Guairá, diz o historiador Afonso E. Taunay, e algumas dos campos do Iguaçu, «recolhendo-se com avultado comboio» avaliado pelos autores jesuíticos em muitos milhares de cativos, o que nos parece inaceitável; seriam um milheiro, no máximo dois mil estes prisioneiros. Foi depois de inutilmente tentarem os jesuítas providências da Bahia que «resolveram operar a transmigração do que restava de suas grandes reduções guairenhas para muito ao Sul, na mesopotâmia parano-uruguaia. O donatário da capitania, D. Álvaro Pires de Castro e Sousa, Conde de Monsanto, considerou tão valiosos seus serviços que lhe deu patente de governador das ilhas de Santana e Santa Catarina.
Os moradores de São Paulo de Piratininga haviam concordado em invadir o Guairá (com o estranho argumento de que a região pertencia a Portugal e o gentio ali existente não podia ser monopolizado pelos espanhóis). A grande expedição da qual o chefe nominal foi Manuel Preto viajou dividida em quatro companhias, das quais foram capitães:
António Raposo Tavares (cuja companhia tinha por alferes Bernardo Sanches de Souza e como sargento Manuel Morato Coelho), Pedro Vaz de Barros (sempre louvado pela audácia e infatigabilidade); Brás Leme e André Fernandes, da Parnaiba.
Em Maio de 1629 o mestre de campo Manuel Preto embarcou por mar para Santa Catarina e ali tomou posse das terras e fundou arraial. Retornou ao mesmo tempo a povoado a bandeira que acabava de arrasar as reduções no Guairá e logo foram organizadas outras expedições, que retornaram à região no mesmo ano e nos seguintes, invadindo o território ao Sul do rio Paranapanema e arrasando as demais reduções do Guairá, tendo mesmo que ser evacuadas pelos moradores as vilas espanholas de Vila Real e de Ciudad Real. Mas Manuel Preto, tranquilamente em Santa Catarina, em 15 de Julho de 1629 nomeava Manuel Homem da Costa sargento-mor das ilhas.
A morte de Preto no sertão foi noticiada em São Paulo em 22 de Julho de 1630, vítima de uma flecha em uma emboscada. Tinha-se internado nas brenhas, no início do ano.
O que se pensava dele? Homem de ação «minimamente violenta contra os índios e seus superiores, desconsiderando principalmente os jesuítas Simão Masseta, José Cataldino e Antônio Ruiz de Montoia. Mas contribuiu notavelmente para a expansão geográfica do Brasil ao destruir as reduções no Ivaí, no Tibagi e no Uruguai.
Manuel Preto era casado com Águeda Rodrigues, filha de Gonçalo Madeira, de Portugal, e de Clara Parente.
O bandeirante Manuel Preto e sua esposa em 1ªs núpcias, Águeda Rodrigues são bisavós de José Velho Moreira cc/ Turíbia de Almeida Naves (filha de João de Almeida Naves cc/ Maria da Silva Leite).
- Diogo Pires cc/ Izabel de Brito, pais do bandeirante Antonio Bicudo cc/ Maria de Brito.
Diogo Pires cc/ Izabel de Brito, são trisavós de Francisco Bicudo de Brito cc/ Maria de Almeida Naves (filha de João de Almeida Naves cc/ Maria da Silva Leite).
- Bandeirante Antonio Bicudo cc/ Maria de Brito, avós de Francisco Bicudo de Brito cc/ Maria de Almeida Naves.
Ilustração, Belmonte: Uma casa de trapiche,
coberta de palha aguarirama, com suas canoas (Inv. e test.)
Maria de Brito é filha de Diogo Pires cc/ Izabel de Brito, neta paterna de Salvador Pires (filho) cc/ Mecia Fernandes (ou Mecia ussú).
- Governador e bandeirante - capitão Fernão Dias Paes - o Caçador de Esmeraldas (o velho), sogro do bandeirante Antônio Raposo Tavares cc/ Beatriz Furtado de Mendonça.
Nascido em São Paulo no ano de 1608, Fernão Dias Paes foi um bandeirante paulista. Também conhecido como “O Caçador de Esmeraldas” é juntamente com o seu genro Antônio Raposo Tavares considerado o bandeirante de maior renome.
Realizou quatro importantes bandeiras nos anos de 1638, 1644, 1661 e 1674. Desbravador de terras incomparável, morreria na mata em 1681, de febre.
Assinatura do "Caçador de Esmeraldas"
sem o Leme que às vezes lhe emprestam
Nesta viagem por tempos idos, o primeiro lugar onde aporta é São Paulo, vilarejo entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, choupanas a pique e casarões de taipa rompendo a monotonia das matas, ruelas.
Na vila, praticamente entregue ao abandono, aparecem apenas os homens de negócios e de política, enquanto a maioria dos paulistas não arreda pé de suas fazendas.
Os dias correm entre plantações de trigo, marmelo, algodão, cana-de-açúcar e vinhas.
É rudimentar o modo como vivem os dois mil habitantes do planalto, cerca de 400 famílias; o mercado baseia-se na troca de bens. Do que produzem, apenas o trigo e a marmelada cativam definitivamente o paladar dos vizinhos. É com tais produtos que atravessam com maior frequência as fronteiras. Ainda é um sonho a expansão da economia local. Por causa da geografia fica difícil ultrapassar a agricultura de subsistência. Isolados pela Serra do Mar, os paulistas são por isso ignorados pelo poder da metrópole. Esquecidos, gozam de autonomia, um valor que aprendem a defender desde cedo.
O medo de perder a liberdade de que gozam, chegará a levar os paulistas à audácia de articular um movimento de separação da Coroa. Quando Portugal restaurar a independência e D. João IV subir ao trono, irão aclamar o rico Amador Bueno como rei de São Paulo. Mas os paulistas de poder e prestígio terão a necessária sensatez. Bueno não embarcará nesta onda de entusiasmo e, ao lado de Fernão Dias e outros notáveis do Planalto, dará vivas a el-Rei Dom João IV.
É neste ambiente que nasce e cresce Fernão. O prestígio do nome reserva-lhe os papéis mais cobiçados. Ninguém se atreve a negar o respeito que impõe sua linhagem: o bisavô, João do Prado, chegara ao Brasil com Martim Afonso de Sousa; além do mais é ainda parente, embora distante, de Pedro Álvares Cabral.
Aos 18 anos assume o cargo de almotacé: fiscaliza mercadorias postas à venda, sua primeira experiência na vida pública. Toma gosto pela política e sobe aos saltos na carreira. Com o trabalho na Câmara Municipal e investindo em terras, não tarda a alcançar riqueza.
- Bandeirante Antônio Raposo Tavares cc/ Beatriz Furtado de Mendonça, sobrinha neta de Diogo Pires cc/ Izabel de Brito.
Personalidade das mais conhecidas da história paulista, Antônio Raposo Tavares ,português de origem judaica e bandeirante paulista, expandiu as fronteiras brasileiras por terras espanholas e foi importante sertanista.
Sua chegada ao Brasil deu-se em 1618, junto com seu pai, Fernão Vieira Tavares, que foi designado capitão-mor governador da capitania de São Vicente. Com a morte do pai, Raposo Tavares decidiu mudar-se para o planalto, fixando-se na Vila de São Paulo, onde ocuparia diversos cargos públicos. Foi de São Paulo que partiria a sua primeira bandeira em 1628.
Além do apresamento de índios e da busca de ouro, as bandeiras tinham ainda outra função importante para a Metrópole: serviam de ponta de lança da conquista e povoamento do interior, numa época em que Espanha e Portugal estavam longe de ter definido a fronteira de seus domínios no coração da América do Sul. Em algumas expedições, essa função política e militar se destacou. Foi o caso da bandeira chefiada por António Raposo Tavares, que deixou São Paulo em 1648 para desbravar milhares de quilómetros do sertão até o Amazonas.
Assinatura de Antônio Raposo Tavares
Português nascido em São Miguel da Beja em 1598, vindo para o Brasil aos vinte anos, António Raposo Tavares já era um experiente predador de índios quando se envolveu naquela que seria a maior façanha de sua vida. Consta que esteve em Portugal, traçando os planos da expedição, junto com altas autoridades do Reino. O objectivo era aumentar a área do interior sul-americano sob domínio português, descobrindo novos territórios e, se possível, reservas de metais preciosos. Já nessa época conhecia-se a rota de São Paulo ao Peru; pelo menos um bandeirante, António Castanho da Silva, chegara até lá em 1622. Acredita-se até que as reduções jesuíticas do Itatim foram formadas para bloquear essa via de acesso aos paulistas.
Três anos pelo sertão: Preparado para enfrentar qualquer bloqueio, Raposo Tavares dividiu a bandeira em duas colunas. A primeira, chefiada por ele próprio, reunia 120 paulistas e 1 200 índios. A segunda, um pouco menor, era comandada por António Pereira de Azevedo. Viajando separadamente, os dois grupos desceram o Tietê até o rio Paraná, de onde atingiram o Aquidauana. Em Dezembro de 1648, reuniram-se às margens do rio Paraguai, ocupando a redução de Santa Bárbara. Depois de unificada, a bandeira prosseguiu viagem em Abril de 1649, alcançando o rio Guapaí (ou Grande), de onde avançou em direcção à cordilheira dos Andes. Estava em plena América espanhola, entre as cidades de Potosí e Santa Cruz de la Sierra (hoje território da Bolívia). Aí permaneceu até meados de 1650, explorando o mais possível a região. De Julho de 1650 a Fevereiro de 1651, já reduzida a algumas dezenas de homens, empreendeu a etapa final: seguiu pelo Guapaí até o rio Madeira e atingiu o rio Amazonas, chegando ao forte de Gurupá, nas proximidades de Belém. Diz a lenda que os remanescentes da grande expedição chegaram exaustos e doentes ao forte e que, voltando a São Paulo, Raposo Tavares estava tão desfigurado que nem seus parentes o reconheceram. Como resultado da aventura, vastas regiões desconhecidas entre o trópico de Capricórnio e o equador passavam a figurar nos mapas portugueses.
Antonio Raposo Tavares faleceu em São Paulo em 1658, aos sessenta anos.
- Bandeirante Fernão Dias Paes Leme, casado em 2ªs núpcias Maria Garcia Betting - ou Betim, pai de (1)Maria Leite Paes Leme Cc. Bandeirante Manuel de Borba Gato e de (2)Isabel Paes da Silva Cc. Bandeirante, Coronel Jorge Moreira de Godoy.
- Bandeirante Manuel de Borba Gato Cc. (1)Maria Leite Paes Leme.
O Bandeirante Manuel de Borba Gato (1649-1718) foi um bandeirante paulista pioneiro da descoberta do Ouro em Minas Gerais
Era filho de João Borba e Sebastiana Rodrigues e casou-se, em 1670 , com Maria Leite Paes Leme, filha do bandeirante Fernão Dias Pais com quem teve três filhas.
Após a morte de Fernão Dias Pais , durante a viagem do administrador-geral de minas Rodrigo de Castelo Blanco para chegar à região das minas gerais, brigou com ele, emboscou-o e, em 28 de agosto de 1682 , assassinou-o na estrada para o arraial do Sumidouro. Fugiu para a região desconhecida ainda do Vale do rio Doce, onde se ocultou de 1682 a 1699, tendo, segundo relatos, chegado até a foz do rio Piracicaba, atual município de Ipatinga.
"A data e o lugar exatos da primeira descoberta realmente rica de Ouro no Brasil, provavelmente jamais serão conhecidas. As narrativas tradicionais variam, e correspondência oficial dos governadores do Rio de Janeiro e da Bahia só reflete os achados dos dez primeiros nos, ainda assim tardia e impropriamente.
Mas o paulista Manuel de Borba Gato, descendente do cacique Tibiriçá, retirou - se com alguns índios para a região do Rio das Velhas, onde por alguns anos viveu como um cacique dos caiapós e onde descobriu ouro de aluvião em grande quantidade. Diz-se que manteve o segredo desse achamento até o fim do século, sendo o descobridor das minas do rio das Velhas , Sabará e Caeté.
O velho pioneiro paulista do Ouro, Manuel de Borba Gato, atraíra o ódio dos contrabandistas, pois confiscava muitos comboios de mercadorias que vinham da Bahia, remetendo o produto das vendas, em ouro, para o tesouro real no Rio de Janeiro, bem como os lucros produzidos pela venda dos lotes mineiros pertencentes à Coroa. A arrecadação total, proveniente dessas fontes, "renderão no tempo de Borba para cima de oito arrobas, que as
remetou por um João Martins, e foi o primeiro ouro que El Rey Dom João V teve destas minas
Quando faleceu, em 1718, com 69 anos de idade, Borba Gato ocupava o cargo de Juiz ordinário da vila de Sabará, onde a casa que viveu está preservada até os dias atuais".
Texto e fonte: MMDC - Histórias, imagens e Curiosidades - https://www.facebook.com/historiammdc
Antepassados do bandeirante Manuel de Borba Gato até seu antepassado Piqueroby, Maioral e Cacique de Hururahi casado com a índia Tapuia Piqueroby:
1. Manuel de Borba Gato, Bandeirante - o Borba Gato, filho do português João de Borba Gato, Bandeirante paulista Cc. Sebastiana Rodrigues Paes;
2. Neto materno do Capitão João Paes Cc. Suzana Rodrigues - a Moça;
3. Bisneto (por sua avó Suzana Rodrigues - a Moça) do Capitão-Mor Martim Fernandes Tenório de Aguilar Cc. Suzana Rodrigues - a Velha;
4. Trineto (por sua bisavó Suzana Rodrigues - a Velha) de Gaspar Rodrigues de Góis;
5. Tetraneto (por seu trisavô Gaspar Rodrigues de Góis) de Antônio Rodrigues - o Náufrago Cc. Antônia Rodrigues - Povo Guayaná-Muiramomi e/ou Tupinikin e/ou Guayanas dos Campos;
6. Pentaneto (por sua tetra-avó Antônia Rodrigues - Povo Guayaná-Muiramomi e/ou Tupinikin e/ou Guayanas dos Campos) de Piqueroby, Morubixaba da tribo Guayaná, Maioral e/ou Cacique dos Hururahy e Chefe dos Botocudos Cc. Tapuia Piqueroby.
- Bandeirante Coronel Jorge Moreira de Godoy Cc (2)Isabel Paes da Silva
O Bandeirante Coronel Jorge Moreira de Godoy, filho de Gaspar de Godoy Moreira e de Ana Lopes Moreira, então pai de Maria Garcia Paes Leme, casada com o Bandeirante Gaspar de Brito Peixoto, neto paterno do Bandeirante Domingos de Brito Peixoto - Fundador de Laguna/SC Cc. Sebastiana da Silva; e neto materno do português
João de Almeida Naves Cc. Maria da Silva Leite (Cristã Nova).
- João de Almeida Naves cc/ Maria da Silva Leite, bisavós do patriarca João Naves Damasceno cc/ Anna Vittoria de São Thomé.
Com familiares oriundos de São Paulo, surge em Sant’Anna de Parnahyba (Santana de Parnaíba/SP), em especial no ano de 1680, conforme a história registra a figura do Procurador da Câmara Municipal, João de Almeida Naves.
Nas Atas da Câmara de Santana de Parnaíba/SP, do ano de 1680, foi lavrado: A primeiro de Janeiro abrem o cofre e tiram os pelouros. A sorte favoreceu juizes: Francisco Sotil Side e Sebastião Gonçalves de Aguiar. Vereadores: Antonio Roiz de Almeida, Domingos da Silva Chaves. Francisco Cardoso. Procurador do conselho: João de Almeida Naves. O alcaide da villa, Manoel de Aguiar e Mendonca, vae intimar aos eleitos para o juramento e posse. Phelippe de Campos, que fôra eleito almotacel, pedia licença por dois meses, pois andava indisposto, entregaria a vara a Joaquim de Lara.
Em Notas para a História de Santana de Parnaíba, o autor e historiador relata o seguinte:
João de Almeida Naves era zangado e energico. A 20 de Janeiro requer seja o povo avisado para limpar a villa; estava aquillo tão cheio de matto. Em 17 de Fevereiro, exige mais, que se faça a estrada para S. Paulo e se mandasse concertar a casa do conselho. pois estava damnificada. Energicamente protestava contra uns negros que andavam armados. Isso era muito "mal premettido". Que se castigasse aos culpados. Era necessario levantar na villa uma forca onde é que se viu uma villa sem forca! Impressionou tanto aos camaristas a oratoria do procurador do conselho, que todos requereram em "voz alta" ao juiz que estava presidindo a sessão, Sebastião Gonçalves de Aguiar, désse execução immediata a tudo que acabara de ser requerido.
Enthusiasmado com a estréa, João de Almeida Naves continúa suas propostas reformistas: Era preciso abrir uma janella dentro da casa do conselho, que "não era decente fazer Camara na varanda". O capitão Guilherme Pompeu de Almeida tinha um pouco de dinheiro que se pedira ao povo, pois "valessem delle para o serviço".
Nas outras reuniões acertou contas ainda sobre a divida.
Em 30 de Março, o procurador do conselho volta aos planos de embellezamento. Esta casa de Camara não tem enfeites para as procissões, era preciso arranjal-os. Para não ficar em prosa seus planos, propoz: um imposto sobre a aguardente. Vendiam ainda por ordem da Camara a quatro vintens a medida, pois cobrassem cinco ficando um para as despesas da Camara. Fossem avisados os vendedores dessa nova resolucão e intimados a rigorosa observancia sob pena da multa de seis mil réis pagos de cadeia. Ainda mais. requeria mandassem vir "os padrões da villa de São Vicente, conforme prescreveram os ouvidores geraes". Seriam os pesos e medidas officiaes para verificar as dos negociantes na afferição municipal.
Em Abril o procurador toma uma licença. Pudera, tanto requerimento! Fôra a Pirapóra, em seu sitio de cultura, onde, 45 annos depois, apparecia a Imagem do Senhor Bom Jesus a José de Almeida Naves!
O procurador João de Almeida Naves (filho de Balthazar de Almeida Naves e de Maria Sebastiana Naves), nascido por volta de 1630, em Algodres da Serra da Estrela, Atual Distrito da Guarda, Bispado de Viseu, Portugal, aportou com a esposa ao Brasil, como colonizador, por volta de 1650. João de Almeida Naves foi casado com sua unica esposa Maria da Silva Leite, filha de João Nunes da Silva e Ursula Pedroso. O casal teve os seguintes filhos:
1. Joana de Almeida Naves, casou em 1683 com Gaspar de Brito (e Silva) e em 2ªs núpcias com Bartholomeu dos Santos, em Santana de Parnaíba – SP;
2. José de Almeida Naves, casou em 1689 com Maria de Araújo;
3. Izabel da Silva Naves casou com Vicente Gonçalves de Almeida;
4. Turíbia De Almeida Naves casou em 1698 com José Velho Moreira, em Santana de Paraíba/SP;
5. Maria de Almeida Naves casou em 1690 com Francisco Bicudo de Brito, em Santana de Parnaíba – SP;
7. Úrsula Pedroso - ou Úrsula Pedrosa casou em 1706 com Manoel de Matos Fragoso, em Santana de Parnaíba – SP; e,
8. Luis de Almeida Naves.
- Capitão João Bicudo de Brito cc/ Anna Ribeira de Alvarenga, sogro e sogra de Maria de Almeida Naves.
- Bandeirante Francisco Bicudo de Brito cc/ Maria de Almeida Naves, filha de João de Almeida Naves cc/ Maria da Silva Leite;
- Capitão João Bicudo de Brito cc/ Margarida da Silva Bueno, filha do Capitão-Mór Francisco Bueno Luiz da Fonseca (o Francisco Bueno Feio) cc/ Maria Jorge Velho; bisneta paterna do do Capitão-mór e Ouvidor da Capitania de São Vicente Amador Bueno da Ribeira (o Aclamado) cc/Bernarda Luiz; e, bisneta materna do bandeirante Domingos Jorge Velho*.
O Capitão João Bicudo de Brito é filho do bandeirante Francisco Bicudo de Brito cc/ Maria de Almeida Naves; neto paterno do capitão João Bicudo de Brito cc/ Anna Ribeiro de Alvarenga; e, neto materno de João de Almeida Naves cc/ Maria da Silva Leite.
Capitão Antonio Barroso Barreto cc/ Maria de Brito Leme, neta de Antonio Bicudo cc/ Maria de Brito; primos 1ºs do bandeirante Francisco Bicudo de Brito cc/ Maria de Almeida Naves.
O estado de São Paulo se orgulha de ser chamado de Bandeirante, porque foi das margens do Rio Tietê que a maioria das expedições partiu, para desbravar o Brasil e ampliou suas fronteiras. No início da colonização havia muita escassez, pobreza e isolamento, (a capital era Salvador) como vimos nos relatos históricos da fundação da primeira vila, São Vicente, no litoral paulista, e da primeira vila no interior.
A única saída para os vicentinos - como eram chamados os paulistas - foi explorar o interior. Para isso, primeiro escravizaram os índios e, depois, seguiram à procura de ouro e de pedras preciosas. No final do Séc. XVI, esse movimento para o interior se intensificou com a ajuda do Governo Geral que estimulou a busca de riquezas, oficializando as bandeiras.
Durante anos os bandeirantes penetraram cada vez mais no sertão. Muitas bandeiras fracassaram por causa da fome, das doenças, e dos combates com os índios, mas algumas tiveram sucesso e, graças a elas, o território nacional foi alargado. A esses bandeirantes devemos os contornos aproximados do Brasil atual.
Hoje em dia, os mais famosos bandeirantes são honrados com monumentos e nomes de vias públicas, como Fernão Dias, Raposo Tavares, Anhanguera.Fontes:
- Família Naves em Revista; Ano I e II, nºs 1 a 9; 2006 a 2008; Ed. Naves Ltda; Goiânia/GO.
- Genealogia e História de Sant’Anna de Parnahyba,
- No Tempo dos Bandeirantes: Belmonte; Histórias e Lendas; Edições Melhoramentos; SP; 1948.
- Bandeirantes e Extracção de Minerais:
- Genealogia Brasileira - Estado de São Paulo - Os Títulos Perdidos
https://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptbanhang.htm
NOTA DO EDITOR:
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